O PMDB ensaia sua saída do Governo Federal numa reunião marcada para essa semana, onde a maioria dos diretórios estaduais apoiam a decisão de rompimento. A parte mais deliciada é convencer a saída de sete ministérios e centenas de cargos.
A presidente Dilma chegou no final da tarde de domingo (27) para uma "Semana Daquelas" como chama os próprios governistas. A reunião que vai decidir se o governo deixará o governo está marcada para está terça-feira.
O vice-presidente da republica e também presidente do PMDB, Michel Temer passou o final de semana em São Paulo. Quatorze dos vinte e sete diretórios estaduais do partido já decidiram pelo rompimento do partido com a presidente, incluindo os de São Paulo, Rio de Janeiro e o do Rio Grande do Sul. O de Minas Gerais decide hoje o seu posicionamento.
Os cento e dezenove peemedebistas com direito a voto receberam o telegrama de convocação para a reunião que será realizada nesta terça (29) às 15h no Plenário das Comissões da Câmara dos Deputados.
Uma pergunta que muitos vem fazendo é que se decidido o apartamento, como ficam os sete ministros peemedebistas que resistem a saída dos seus ministérios? Essa decisão também estará em pauta, assim como a votação. O grupo contrário a presidente Dilma já disse que não aceitará meio rompimento. Como declarou o deputado federal pelo Rio Grande do Sul, Darcisio Perondi.
"Não existe meia gravidez. O partido deve olhar para frente com ousadia e coragem. Os que decidirem permanecer nos cargos serão encaminhados ao conselho de ética do partido, onde poderão sofrer suspensão e até expulsão" disse Darcisio.
O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga disse que irá insistir numa solução negociada.
"Se formos para intolerância e o radicalismo extremo, o Brasil não resolverá e nem superar seus problemas" declarou Eduardo.
Com desembarque do PMDB, o governo terá que correr com unhas e dentes atrás dos votos contra o impeachment para evitar o afastamento da presidente, precisarão de pelo menos sento e setenta e um votos no plenário. O PMDB tem sessenta e nove deputados.
"Nesse momento o trabalho será para que o PMDB não tome uma posição que venha desembarcar do governo. O vice presidente, Michel Temer ocupou espaços importantes no governo da presidente, Sucessos ou falhas, ele também faz parte e essa saída seria um equivoco" afirmou o deputado Paulo Teixeira do PT de São Paulo.
O PT informou que irá recorrer a Comissão Especial do Impeachment para um novo prazo de defesa da presidente Dilma e caso não seja aceito, irá recorrer ao Supremo Tribunal Federal.
E o presidente da OAB Nacional, Claudio Lamachia vai protocolar hoje a tarde um novo pedido de impeachment na Câmara, com relação as pedaladas fiscais.