Nesta sexta-feira (4.mar.2016), pelo menos oito jornalistas foram agredidos ou hostilizados por manifestantes enquanto cobriam a 24ª fase da operação Lava Jato da Polícia Federal.
Juliano Dip, da TV Bandeirantes, e o cinegrafista que o acompanhava foram empurrados em frente ao prédio em que o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva mora, em São Bernardo do Campo (SP). A câmera do profissional foi quebrada e a equipe saiu escoltada pela Polícia Militar. No mesmo local, a repórter da TV Globo Bruna Vieira foi agredida verbalmente.
Na capital paulista, Renato Biazzi e David Irikura (TV Globo) foram empurrados no aeroporto de Congonhas, onde Lula prestou depoimento pela manhã.
Na sede do PT, região central da cidade, o carro em que estava a equipe do repórter André Azeredo (TV Globo) foi recebido a chutes e Mayara Teixeira, do Globo Repórter, teve a câmera arrancada das mãos e quebrada. O motolink Tiago Guerreiro, também da Globo, foi impedido por militantes de entrar para acompanhar a declaração de Lula sobre a operação.
A Abraji repudia as agressões de manifestantes contra os jornalistas e exige que os responsáveis sejam identificados e punidos. Profissionais da imprensa nas ruas cumprem o dever de informar a sociedade e devem ser respeitados. Agredi-los e dificultar este trabalho são formas de agir contra a democracia.
Diretoria da Abraji, 4 de março de 2016.