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Repudiamos a criminosa babação

Somos membros de uma profissão tão prostituida, que qualquer um que faz foto ou relata uma situação na rua já se considera jornalista. Com o aperfeiçoamento tecnológico, surgem os repórteres de whatsapp, que produzem “matérias” só nas informações repassadas por um desconhecido e quando falam merda, um grupo ou categoria se julga no direito de colocar todos os jornalistas no mesmo saco.

Pior que parte tem razão, os próprios colegas já são cheios de vícios patronais, onde essas “pautas” compradas quase ou um pouco a mais são adquiridas praticamente ao valor de R$10 (dez reais), pois o que interessa é sair na frente e não a boa e velha certeza de apuração dos fatos.

Reconheço minha culpa, que logo no inicio cometi o deslize de assinar dois ou três pedidos de pessoas que já atuavam na área e quando fui alertado que essas pessoas começaram um dia desses, já era tarde.

Entendo que todos devemos buscar um lugar ao sol e ter com que sustentar a família, mas não podemos permitir que esse vicio se perpetue. O caso mais recente foi a respeito de um PM reformado ter furtado alimento em um supermercado da cidade.

Alguns integrantes da corporação como disse anteriormente, se julgam capazes de apontar o dedo pra todos os profissionais, esquecendo que não somos melhores e nem piores do que eles. O que seria da PM se só noticiássemos o lado negativo e deixássemos de lado o que for bom também? O que seria de um policial que foi detido ou responde a um processo de forma ilegal e quis denunciar? O que seria se uma categoria que buscas realizar certos esclarecimentos e ninguém desse espaço porque também são corporativistas?

O que gostaria de me fazer entender, que é desnecessário esse tipo de enfrentamento. A imprensa é parceira de Policia Militar, da Civil e da Federal e não inimigos. Existem profissionais e profissionais, se fossemos generalizar todos em cada segmento das profissões de nossa sociedade, viveríamos isolados e sem a oportunidade de conhecer além do trabalho.

Que policiais e jornalistas (o de formação e de tempo, antes da queda da obrigatoriedade do diploma) possam se respeitar. Precisamos saber diferenciar um trabalho e reconhecer o que é de valor.


Se vamos repudiar alguma ação, que façamos contra a criminalidade que cresce assustadoramente em nosso Estado e quem pode estruturar esses servidores e profissionais que se arriscam durante o cumprimento do dever, possam enxergar as necessidades e tirem a bunda da cadeira de seus gabinetes e parem com a babação, e de fato auxiliem quem quer tornar um lugar melhor de se viver. 

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