Por Aldejane Pinto.
Incontestável. Em mais de 110 anos de existência, nunca houve maior comoção popular do que a morte de padre Paolino, o morador mais ilustre da cidade.
O sentimento chegou a todos os humanos, e pôde ser notado no semblante de cada habitante, quer seja pobre ou rico, preto ou branco, novo ou velho, evangélicos ou católicos índios ou branco.
A notícia da morte do Padre fez fechar espontaneamente casas noturnas, festas e eventos em geral.
Nas casas, nos prédios públicos e nos carros, os tecidos na cor preta indicaram o luto absoluto dos moradores.
Durante o velório milhares de pessoas oriundas dos rios, estradas, bairros e até de outros municípios, vinheram ver e tocar na mão daquele que dedicou Mais de 60 anos de sacerdócio na Amazônia em defesa da floresta, índios, pobres, doentes, da educação e na proteção da floresta viva.
Notável também foi a presença e a manifestação de solidariedade dos poderes legislativo, executivo e judiciário, além do seguimento eclesiástico.
Houve momento em que diversos pastores evangélicos, estiveram no altar da Igreja Matriz discorrendo e destacando o exemplo de missionário que foi o Padre.
O bispo da Diocese de Rio Branco, Dom Joaquim Pertinez, emocionou a muitos em sua homilia quando pontuou a disposição até o último momento do religioso. "Nas ruas e nós rios por onde passou o Padre Paolino, podem ter certeza, ali passou um profeta de Cristo", disse.
O provincial da Ordem dos Servos de Maria no Brasil, o acreano Freio Charlie, tão logo soube da internação do amigo deixou São Paulo e acompanhou de perto os últimos dias de vida do Padre. "Paolino deixou esta terra, entrou no reino e vai interceder por todos nós", afirmou.
Portanto, a história de Sena Madureira registra o dia 8 de abril como a data da maior comoção social e religiosa deste município, que teve o privilégio de acolher um Italiano chamado Paolino Maria Baldassari, que dedicou 90 anos de vida ao anúncio da evangelização, e que o povo Jamais esquecerá.
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