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Palmatória do mundo

O mundo inteira prega aos insistentes e teimosos que ainda não entenderam a gravidade do momento, que adotem o isolamento social.

Aos que já aderiram o alerta das autoridades, a “saída” para diversão e entretenimento são as redes sociais. Espaço também para que as pessoas exerçam ainda mais suas opiniões.

Essa foi a válvula de escape para diversas pessoas, onde se informam até daquilo que não é verdade. Mas um dos momentos mais chatos desse isolamento ou quarentena como muitos colocam, é a insistência em que algumas pessoas têm em se achar no direito de superioridade ao que pensamentos, sentimos ou achamos.

Na área política não se pode tecer um comentário critico as posturas tomadas pelo nosso presidente ou de seus filhos, que surge um mar de gente chata e desdenhadora daquilo que temos como convicção de entendimento individual. Como são maçantes essas pessoas, que poderiam destilar sua psicopatia – são os casos mais graves e a maioria nas redes sociais – em seus espaços, ao invés de que querer tornar tudo um palco para debates.

Nos grupos de whatsapp existem aqueles que pouco falam, que quando se manifestam desejam palmas e que atapetamos o caminho com rosas. Esses mesmos por não terem vivência com outros seres e viverem no isolamento mental ou por uma superioridade invisível e que somente a criatura enxerga, se sentem no direito de ser a palmatoria do mundo, o centro da moralidade até com “mangofas” entre amigos.

A quarentena parece provocar mais distanciamento do que aproximar em alguns casos. Amizades correm o risco de serem desfeitas por babaquices, relacionamentos desfeitos por se redescobrirem e prece que descobriram que não era mais aquela coca toda. Os casamentos que sobreviverem ao momento certamente comemorarão bodas de álcool em gel.

Saiamos das redes sociais e tentemos aproveitar para sabermos mais das pessoas que convivem no dia-a-dia sob o mesmo teto, brinque com as crianças, tire um tempo para os animais, invente e reinvente aquela receita que você tanto queria fazer, mas não tinha tempo.

Do momento de cuidado o único isolamento que quero é dos seres com atrofia social, que não praticam aquilo que postam em suas redes sociais. Vocês vão me dá licença, mas quando se tem criança nova em casa, toda hora é hora. Bom banho de mangueira ou viagem até a lua!



Victor Augusto N. de Farias é jornalistas, sindicalista, rotariano e acadêmico do curso de direito.

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