O acreano parece não ter entendido a gravidade do caso quando
se trata do COVID – 19 ou popularmente conhecido como Corona vírus, que no Brasil
registra 3.417 casos confirmados com o vírus e 92 mortes após um mês da
confirmação do primeiro de caso.
Na última quarta-feira, 25, o decreto de suspensão das
atividades comerciais foi alterado permitindo que alguns estabelecimentos
continuem funcionando, mas obedecendo a critérios.
Além dos serviços médicos estabelecidos como normais, o
governador Gladson Cameli ainda autorizou a abertura para Indústria em geral, empresas
que participem, em qualquer fase, da cadeia produtiva, da distribuição de
produtos e da prestação de serviços de primeira necessidade para a população:
alimentos, medicamentos, produtos de limpeza e higiene, água, gás, combustíveis,
entre outros que podem ser vistas no link abaixo:
No Brasil, todos os estados registraram casos da doença. Já
as mortes estão no RJ, SP, AM, CE, PE, GO, SC e RS. No Acre, a Secretaria de
Estado de Saúde do Acre (Sesacre), por meio do Departamento de Vigilância em
Saúde (DVS), informa que os números de casos confirmados de contágio por
coronavírus no estado continuam sendo de 23 pessoas, segundo boletim do Centro
de Infectologia Charles Mérieux (CICM), em Rio Branco, nesta quinta-feira, 26.
No entanto, um bancário de 30 anos, morador de Boca do Acre
(AM), testou positivo para a Covid-19, em exame expedido pelo Centro Mérieux.
Três amostras vieram do município de Boca do Acre, e uma delas, a do bancário,
deu positivo. O caso de Boca do Acre consta no mapa do Ministério da Saúde como
sendo do Acre de forma equivocada.
Nesta sexta, 27, o gerente do CICM, Adreas Stoecker se
manifestou contrário às decisões adotadas pelo estado, alegando que o caso
merece máxima atenção, uma vez que não se reduziu o número de casos confirmados,
pois o número de pedido de entrada para analise ser maior do que o esperado, o próprio
estado não disponibiliza de material suficiente para dar seguimento aos exames.
“O Acre não está seguindo de fato as orientações da
Organização Mundial de Saúde, as ruas ainda estão cheias de pessoas,
supermercados com aglomerações entre outros fatores como comércios juntando
pessoas com atendimento a outros que podem estar ou não infectados, já que
estamos na fase de contaminação endêmica. Nossos kits de verificação já estão
no fim e ainda não recebemos as remessas. Estamos atendendo Acre e
até Amazonas. Hoje são 22 casos, mas com esse desrespeito não demora muito para
chegarmos a quinhentos em um mês”, destaca Andreas.
O gerente ainda informa que se a população respeitar a ordem
de quarentena, em menos de dois meses a possibilidade de voltar à normalidade em
todo o Estado do Acre pode voltar.
“Ainda não atingimos o topo da doença para que ela possa ter
um declínio, nesse momento as pessoas estão propagando a proliferação do vírus.
Repito que o Estado do Acre não terá estrutura para comportar o número de casos
confirmados se continuarem cedendo às pressões que certamente estão sofrendo.
Como disse um vereador em uma matéria, a economia poderá ser recuperada, mas não
existem formas ou parcelamentos que restarão vidas perdidas”, frisa o gerente.
Victor Augusto
Com informações
Agência de Noticias
Ministério da Saúde