Seria a verdade
sempre a melhor escolha?
É muito bacana ter
alguém pra dividir os lençóis, as contas e as idas ao supermercado, mas, como
tudo no mundo, isso tem um preço... geralmente o alto preço de relacionar-se e
equilibrar diversas expectativas conflitantes...
Quando estas
conflitantes expectativas se chocam, vem o caos, que geralmente é representado
por brigas, lágrimas, acusações, culpa, dor e muitos por quês.
O por quê mais
previsível dessas circunstâncias é o da ausência da verdade, que pode ser
mentira ou não, mas que sempre vai ser ausência, ausência de tantos adjetivos e
subjetivos que nos perdemos, inclusive, nos questionamentos...
Eu, como ser humano
normal, passo por esses capítulos que inspiram os folhetins mexicanos ou as inúmeras
lágrimas a la Helena,,, mas, tenho o desgaste não ser personagem... quando as
luzes se apagam, na minha história, as coisas ainda continuam acontecendo..
pode suar meio tosco para quem lê, mas a verdade é dita como no batman begins,
“ o mundo não espera você ficar pronto e se recuperar das dores e feridas”.
Prezo demais a verdade,
me desequilibro com sua ausência, sempre acho que a mentira me tira a chance de
escolha, porque afinal, se eu não conheço a real situação, não há mesmo chance
de optar por alguma escolha... Sempre procuro me servir e ter como referência
as filosofias de vida que já foram ditas ou que aprendi durante minha formação
de caráter, como da mesma maneira que você cobra dos outros, você será cobrado.
Mas, depois de tantas
coisas vividas, dores e dissabores, começo a me questionar se é realmente a
verdade que estamos buscando... será? Começo a duvidar... amizades, amores,
conhecidos, familiares e por ai vai, será que tudo isso vale a pena confiar e nunca ser
correspondido ou receber aquilo que mais nós doamos?
Por mais que conheçamos a realidade, ansiamos por aquilo que
não cabe dentro dessa realidade... ansiamos por sonhos, vontades, expectativas,
desejos... ansiamos, e este verbo diz bastante coisa...Por tanta ansiedade
acabo por me esquecer de minha pessoa, de minha maravilhosa pessoa que acaba
sempre em segundo plano por eu me dedicar aos outros que nem sempre me
correspondem como queria receber...
Queremos algo além... mais doce e menos endurecido... menos
dolorido...
E então, ao invés da busca incessante pela verdade, buscamos
a ideia de felicidade.
E assim, e talvez por isso, ainda vejo, ainda sinto, tantas
emoções desequilibradas...