Todo mundo já se considerou
diferente em algum momento da vida. Mas, no caso de pessoas com algum tipo de necessidade
especial, isso é mais recorrente. Visando mostrar a sociedade que apesar dos
problemas físicos ou psíquicos, todos são iguais, a Câmara de Rio Branco tem
buscado ampliar o debate em torno da inclusão social.
Fugindo aos esteriótipos, tabus e
senso comum, a Casa Legislativa tem aberto as portas para discutir acerca da
acessibilidade, tecnologia assistiva, preconceitos e outros temas importantes
para inclusão.
O presidente do parlamento
municipal, Antônio Morais (PT), destaca que a inclusão social é de fundamental
importância para a construção de uma sociedade justa, próspera e igualitária. Morais
lembra ainda que a legislação brasileira é internacionalmente reconhecida como
uma das mais avançadas do mundo.
“Há 18 anos o Congresso Nacional
aprovou o projeto que resultou na Lei de Acessibilidade, condição básica para a
existência de uma sociedade inclusiva. Depois de 15 anos foi sancionada a Lei
Brasileira de Inclusão e elencado extenso rol de garantias e direitos
específicos para pessoas com deficiência em todos os setores da vida social.
Foi uma grande vitória, porém, a luta continua. Muitos avanços ainda precisam
acontecer e isso só será possível se o debater for ampliado e todos fazermos a
nossa parte”, afirmou.
Atualmente, a Câmara tem buscado
se ater aos princípios da inclusão social e, consequentemente, se adequar as
necessidades de pessoas com necessidades especial, gerando assim resultados eficientes.
Uma das primeiras ações do Poder
Legislativo foi tornar o ambiente acessível. A Câmara abraçou também a Inclusão
Social da Pessoa com Deficiência Auditiva. Nesse sentido, as transmissões da programação
diária do parlamento, como sessões ordinárias, solenes, especiais e audiências
públicas, estão sendo realizadas com técnicas de comunicação adequadas às
necessidades de entendimento dos telespectadores com deficiência auditiva.
“Apesar de representarem mais de
um quinto da população brasileira, as pessoas com deficiência ainda têm muitos
de seus direitos negligenciados, entre eles o de ter acesso aos espaços e
serviços públicos, ao transporte, à informação e comunicação. Ao impossibilitar
ou dificultar a convivência social das pessoas com deficiência, além de violar
seus direitos, a sociedade promove sua exclusão social. Estamos na contra mão
disso, nesse sentido, temos buscado adequar nosso ambiente para recebê-los”,
disse Morais.
E no mês do consumidor, o
parlamento municipal levanta o debate em torno do direito das pessoas com
necessidades especiais enquanto consumidores.
“Ainda constata-se a absoluta ausência de
fiscalização e, mais ainda, de punição para o frequente desrespeito às normas
garantidoras dos direitos dos portadores de necessidades especiais, inclusive
pelo poder público, sobretudo no que diz respeito à acessibilidade estrito
senso, seja nas ruas, nos meios de transportes ou nos estacionamentos públicos
e privados. Um debate que precisa ser aprofundado e a Câmara se propõe a
fazê-lo”, finalizou Morais.
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