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Tem, mas tá faltando!

Certa vez, eu estava andando pelas lojas de Rio Branco atrás de algumas coisas para minha pessoa e outras para presentear. A cada loja que eu entrava e algo me interessava, questionava se tinha em outra cor ou tamanho, a resposta era a mesma: tem, mas tá faltando!
Esta passou a ser uma cena constante no comércio rio-branquense. A mesma coisa acontece quando utilizamos o serviço GOL (Grande Ônibus Lotado), sendo que a passagem custa R$ 2,40 e quando entregamos um valor maior, o cobrador simplesmente olha pra gente e diz: pode passar, os dez centavos tem, mas tá faltando!
As mulheres, meu Deus, como elas sofrem na questão de marcar um simples exame preventivo no profissional de maior sorte do mundo, que após alcançar longa idade na profissão, só no olhar já pode dizer o diagnóstico. Mas antes que isso se conclua, para marcar a consulta é uma novela. Liga-se no consultório e a resposta é a mesmíssi-ma: vaga? Tem, mas tá faltando. Só daqui a seis meses.
Em seis meses eu poderia muito bem descobrir quem matou Salomão Hayala, Odete Roitman e mesmo quem matou o mar morto. E os namoros de longa data, onde o homem quando conhece sua amada, sabe de seus hábitos e vestimentas, como os desejáveis vestidos. Não existe nada mais sexy quando tentamos imaginar que aquele pano envolvendo a dama mais suculenta cai ou que venha um danado do saci e levante-o.
Esses são alguns homens cheios de viadagem, pois quando vão às festas, bailes, encontros ou aniversários das tias mais caquéticas, ele vira pra moça e pergunta se ela vai com o micro vestido. A bela responde que sim e que tem pano o suficiente para deixá-la mais desejável pra ele. E o égua simplesmente responde: Ai tem pano, mas tá faltando alguns dedos a mais!
Pai perdoe-vos, eles não sabem o que dizem!
Como jornalista, estamos aptos a fazer a pauta mais mirabolante de nossas vidas, como a mais cretina de empresas, governos, governantes, sindicatos e outras espécies que se sentem no direito de serem mais do que as pessoas que tem a caneta mais forte que a espada. Em recente manifestação um senhor me aborda dizendo que o que o presidente da categoria falar nem metade vai sair, e ainda se diz jornalista.
Pessoas que se formam na profissão e nunca exerceram certamente nunca conheceram o duro que é ex-trair leite de pedra de uma pauta na qual manifestantes pedem aumento para ele trabalhar melhor. Agora a pergunta: Quem criticará os jornalistas que trabalham de segunda a segunda, faça sol, chuva, garoa ou seja obrigado a sorrir pra alguém que insistentemente quer nos convencer de que aquilo é importante para humanidade?
Querida humanidade ou acreanos: jornalista também é gente. Paciência tem, mas já tá faltando.

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