A deputada estadual Eliane Sinhasique (PMDB) usou a tribuna da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), na manhã de hoje (29), para criticar a construção de conjuntos habitacionais em áreas alagadiças.
A deputada afirmou que uma obra realizada em local encharcado custa muito mais aos cofres públicos. Exemplo disso é o Cidade do Povo que vai sair mais caro do que o previsto.
“O TCU já identificou que essas obras já tiveram aditivos milionários porque escolhem um terreno em local inapropriado. O cidade do povo é outro Carandá, é outro Cabreúva. Vão ser conjuntos habitacionais eternamente problemáticos”, declarou.
Sinhasique lembrou que o Ministério Público do Estado (MPE) tentou suspender as obras do Cidade do Povo, acreditando que as obras causariam danos ao meio ambiente por estar localizado em aquífero.
“Nesse Governo não se tem o menor respeito com o povo. Compra-se uma área de terra milionária em cima de um aquífero, contaminando a água que serviria para abastecer a nossa cidade por centenas de anos”.
A deputada ressalta que este não é o primeiro residencial do Estado construído em área inapropriada. “O Governo tem mania de comprar áreas inadequadas para beneficiar os amigos”, disparou.
Transbordamento do Igarapé Judia
Na segunda-feira (27), uma forte chuva provocou o transbordamento do Igarapé Judia. Com isso, a água chegou bem próximo de casas localizadas no Cidade do Povo. “Essa alagação do Igarapé Judia trouxe à tona um debate que não deveria ter sido esquecido”.
Segundo a peemedebista, foram feitos três relatórios contrários às obras e 5 ações foram impetradas pelo MPE contra o licenciamento e a construção do Cidade do Povo. "Na última chuva inundou lá e não foi por falta de avisos. Tivemos relatórios contrários, inclusive com suspeitas de falsificação de documentos, mesmo assim construíram as casas", criticou.
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