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Reizinho da barca: Um empreendimento familiar e bem acreano

Em tempos de crise financeira, crise política e oferta de mercado de trabalho cada vez mais escasso, pessoas buscam saída em negócios próprios e na maioria dos casos, no ramo de alimentação.

Essa foi uma saída que a bióloga, Vanessa Cristina de Farias Santiago, 28 anos, que precisou deixar o emprego para dá uma atenção especial ao filho de quase dois anos. Sem uma renda fixa e querendo contribuir com as despesas da casa, a jovem fez uma breve pesquisa de como estava o mercado gastronômico, uma vez que sua mãe, Mauricelia Maria Lima Nogueira, 55 anos, já trabalhava com comercio na área de alimentação.

A jovem empreendedora passou a dividir seu tempo entre cuidar do filho e dividir as tarefas domestica com a mãe. Mas ela queria fazer algo a mais, pois Maria estava apresentando alguns problemas de saúde. Ambas decidiram oferecer café da manhã regional aos finais de semana no ponto que já tem nas proximidades da prefeitura de Rio Branco.

O primeiro final de semana foi movimentado mais por amigos e familiares. Nos finais de semana seguintes, ela não obteve a mesma movimentação ou o esperado. Como estava envolvida com a mãe no café da manhã, aproveitou o irmão para deixar cuidando do filho. Voltou em casa para deixar o café da manhã para ele e o filhinho.

As vezes o inesperado acontece por um acaso do destino. Para não levar tudo misturado, ela encontrou uma bandeja no formato de barca, muito utilizada pelos restaurantes japoneses da cidade. E decidiu montar o café nesta bandeja e deixou em casa, logo mais retornou para o lanche. Seu irmão achou engraçado e fez uma foto, divulgou nas redes sociais, em forma de divulgação e como se diz no popular, “a pepeta pegou vento”. Vanessa passou a receber pedidos por telefone, mudando a forma de venda.
Agora ela não mais esperava os clientes irem até seu comércio, mas ela passou a entregar os cafés da manhã. Aproveitou que sua mãe estava ajudando a cuidar do filho, enquanto também se recuperava, e iniciaram um empreendimento juntas, assim surge O Rei da Barca, que em tão pouco tempo precisou mudar para Reizinho da Barca.

Acre em Revista – O que levou vocês a mudarem o nome do negócio em tão pouco tempo?

Vanessa Cristina – Quando começamos o negócio, passamos a utilizar as redes sociais para divulgamos nosso serviço, daí fomos procurados por um rapaz de São Paulo, que questionou o nome da empresa, pois a seu negócio levava o mesmo nome. Em uma conversa cordial, chegamos ao entendimento e mudamos para o Reizinho da Barca, uma referência ao meu filho.

Acre em Revista – Como funciona a venda das suas barcas? O que contem nessa barca? É o mesmo que uma cesta de café da manhã?

Vanessa Cristina – Nossos clientes podem entrar em contato conosco pela fanpage ou pelo meu telefone, o 9 9998-3813. Temos dois tipos de barcas, a menor custa R$15 e a maior R$25, já com a taxa de entrega inclusa. Mas também atendemos a eventos e realizamos entregas a bairros mais distantes, com uma taxa de entrega diferenciada. Na nossa barca vai pão de queijo, banana frita, bodó ou bolinho de chuva como também chamam, tapioca, bolo, pão, queijo e presunto, pão de milho, frutas, café com leite e suco. Os clientes também podem personalizar seus pedidos. Nosso funcionamento é de segunda a segunda das 7:15 até às 9h e estamos passando a atender a lanches da tarde também, das 14h até às 16h. o pagamento pode ser feito à vista, transferência bancaria e futuramente aceitaremos cartão de crédito e débito.

Acre em Revista – Pelo que podemos observar, vocês estão bem organizadas. Vocês tiveram algum tipo de orientação?

Vanessa Cristina – Quando fomos abrir o empreendimento da minha mãe, nós buscamos as orientações do Sebrae. O que aprendemos para aquele momento, passamos a utilizar no meu também. Estamos sempre buscando melhorar o serviço para os clientes, pois partimos da ideia de que também somos compradores e queremos o que tem de melhor.

Acre em Revista – Você acha que sua ideia vai prevalecer por muito tempo? Muitos após conhecerem sua história, poderão copiar.

Vanessa Cristina – O mercado está ai para todos, se estabelece quem oferece o que tem de melhor. Não tenho dúvidas de que irão nos copiar, pois nada se cria, tudo se copia. Mas estamos na luta diária até poder encontrar um emprego que me ajuda a ajudar em casa ou que possamos expandir mais o empreendimento. Esse ano irei iniciar minha segunda faculdade e quero ver se consigo incluir o que aprender lá no meu empreendimento.

Acre em Revista – E como se tornou conhecida tão rápida? Já tem muitos clientes?


Vanessa Cristina – Nossa divulgação foi na boca a boca, de clientes que já conhecem nossos produtos. Graças a Deus estamos conquistando clientes fiéis, que estão conosco no café e no lanche. Faço um agradecimento especial a jornalistas Celis Fabricia, Leonidas Badaró, Andreia Oliveira, Alessandra Machado, Ana Cristina e Victor Augusto, que por meio de suas redes também ajudaram a divulgar nosso serviço e produtos, e agora ao Acre em Revista.

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