Durante coletiva realizada nesta sexta-feira, 16, na sede do PSDB, o deputado federal Major Rocha, anunciou à imprensa que vai requerer ao Ministério da Justiça a investigação da Polícia Federal na denúncia que envolve seu nome como “patrocinador” do crime organizado no Acre.
“Não podemos admitir o uso de instituição pública em fatos políticos produzidos para atacar adversário”, disse Major Rocha.
O parlamentar tucano foi citado por várias vezes durante coletiva convocada pela cúpula da Segurança Pública do Acre. Delegados e secretário de Estado sugeriram o envolvimento do deputado federal com o Comando Vermelho .
“Causa surpresa este circo armado justamente um dia após a denúncia do Ministério Público Federal contra o ex-presidente Lula, de uma representação feita por mim”, falou o parlamentar.
Rocha é autor da denúncia sobre o uso do tríplex no Guarujá e o sítio em Atibaia para lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio.
Ainda durante a coletiva o parlamentar, que também é policial militar reformado, apontou vários tópicos observados durante a coletiva que causaram estranheza. “Como uma investigação que durou um ano não conseguiu evitar os atentados ocorridos no Estado?”.
A informação repassada à imprensa pela cúpula da Segurança que a assessora parlamentar Érika Cristina de Oliveira Souza seria o elo entre o parlamentar e o Comando Vermelho também foi duramente criticada pelo parlamentar. “A Érica foi contratada há cerca de dois meses com salário de R$ 2400 e os investigadores querem fazer as pessoas acreditarem que com este recurso seria possível manter uma organização criminosa que, segundo eles, se sustenta no Acre realizando bingos”.
Ao tomar conhecimento dos fatos exonerou a assessora imediatamente “até que se apurem os fatos”, e ainda explicou que conheceu o casal durante a campanha de 2014, quando ambos trabalharam para a coligação Aliança por um Acre Melhor.
A ausência de provas, como escutas telefônicas, também foi questionada por Major Rocha, que havia sugerido uma Audiência Pública no Estado sobre Segurança Pública (que seria realizada nesta sexta-feira, 16), para que a Câmara Federal acompanhasse de perto os trabalhos desenvolvidos no Acre para evitar novos ataques de bandidos a órgãos públicos.
“Esta não é a primeira vez que tentam envolver meu nome em atos criminosos. Durante a operação Delivery o delegado Boscaro buscou induzir um jornalista a inserir meu nome na denúncia”, lembrou Rocha.
O tucano também informou à imprensa que solicitará o acompanhamento da investigação pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da Comissão de Segurança da Câmara Federal.
Assessoria PSDB/AC