O procurador de Justiça Willians João Silva, que na solenidade representou o procurador-geral de justiça Oswaldo D’Albuquerque Lima Neto, ressaltou que a profissionalização é um passo importante dentro do processo de ressocialização. “O MPAC, dentro de sua função social, faz com que essa terapia social se insira dentro do contexto prisional, e, convênios como esse, completa o processo de ressocialização”, disse.
Para o diretor presidente do Iapen, Martin Hessel, o convênio dá o pleno cumprimento a lei de execução penal, capacitando as mulheres em situação profissional para que se preparem para enfrentar o mercado de trabalho após sua saída. “Esse trabalho é de grande importância para o sistema penal, e, mais importante ainda é fazê-lo com um parceiro que acredita da ressocialização como é o Ministério Público”, disse o diretor.
Há seis anos cumprindo pena no regime fechado, a detenta Aldacir Cunha, relatou que os cursos são é uma chance de recomeçar a vida, uma vez que ao sair elas podem ser automas e trabalhar em casa. “É muito difícil arrumar um emprego quando se sai, mesmo para quem já tem uma profissão”. Audacir afirma que com essa profissionalização é possível sair de cabeça erguida. “Ontem éramos presas, agora somos reeducandas”, enfatizou.
Os recursos para execução das atividades são frutos de um convênio celebrado junto a Secretaria de Política para Mulheres da Presidência da República, que tem por objetivo desenvolver um programa de qualificação profissional que possibilite o retorno da mulher em situação prisional ao ambiente familiar e a sociedade habilitada em uma atividade formal.
Os cursos serão ministrados pela Universidade Patativa do Assaré UPA que coordenará três cursos. De acordo com o diretor presidente da UPA, Francisco Palácio Leite, serão oferecidas duas turmas de cabeleireiro para 40 alunas, uma turma de manicure e pedicure para 60 alunas e duas turmas de depilação para 40 alunas totalizando 140 vagas.
Eduardo Duarte
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