Ad Code

Responsive Advertisement

20 anos de liberdade - o caminho que já percorremos para criar leis e institucionalizar a democracia e a liberdade na África do Sul

por Miller Matola, CEO da Brand South Africa

Com a África do Sul comemorando mais uma data marcante em sua história, o aniversário de 20 anos das primeiras eleições diretas e democráticas no país, somos lembrados do quão longe já chegamos a legislar e institucionalizar nossa democracia. Lembro-me como se fosse ontem as enormes filas e o comentário de uma senhora que votava no colégio que eu era responsável, "nosso belo país imprevisível vai passar por tudo isso e as coisas vão dar certo no fim",  ela disse confiante. Era uma confiança nascida na fé e na crença sobre como conduzimos nossa transição para a liberdade e democracia.

Ao redor do mundo, muitos países se engajam em suas próprias lutas por liberdade, justiça, direitos humanos e o direito democrático de determinar seus próprios futuros, baseados na vontade das pessoas, não em regimes autoritários. Eles olham para a África do Sul como uma inspiração, um exemplo da força e vontade de seu povo para mudar seus destinos, com a introdução de um forte sistema democrático que protege todos os cidadãos e seus direitos por meio das leis.

O ex-Secretário Geral da ONU, Kofi Annan, afirmou que "nenhuma nação nasce como uma democracia... a democracia é um direito universal que não pertence a nenhum país ou região, e a governança participativa, baseada na vontade do povo, é o melhor caminho para a liberdade, crescimento e desenvolvimento".

Transformar esses valores em práticas de governança democrática leva tempo, algo compreendido por todos na África do Sul, com o país comemorando 20 anos de liberdade. Talvez mais aqui do que em qualquer outro lugar do mundo, os cidadãos sul-africanos sabem o que é ter grandes expectativas de um governo democrático e suas obrigações, enquanto apreciam o tempo e esforço dedicados à construção desse governo e, assim, manter os altos padrões.

Hoje, o país é uma prova do gerenciamento bem sucedido do processo da construção democrática enquanto mantém evidências do "contrato social" assinado com os cidadãos. O mandato do governo é legitimado por uma forte legislação e processos institucionais criados de forma democrática.

Aqui na África do Sul, o avanço da democracia é visto não somente como um objetivo essencial por si só, mas é também relacionado à paz e reconciliação para garantir a sustentabilidade e durabilidade do sistema.
É também a base da consolidação de todos os direitos humanos, pela aplicação de leis e justiça social; também está intrinsecamente ligado ao crescimento econômico e desenvolvimento, com o governo investindo em capital humano porque é vital ao seu povo.

Vinte anos atrás, as leis do apartheid negaram ao povo o direito de votar, de trabalhar, de ter acesso a educação, de ir e vir, de amar qualquer pessoa e de ter um julgamento antes de ser preso. Nos dias atuais, legislações fortes protegem a liberdade e democracia do país, apoiados na progressiva Declaração de Direitos, Capítulo 2º de nossa Constituição. A Declaração é um marco da democracia sul-africana, elevando os direitos de todas as pessoas em nosso país e afirmando os valores da dignidade humana, igualdade e liberdade, e assegurando que o Estado respeite, proteja e mantenha tais direitos.

Enquanto a maioria dos sul-africanos eram proibidos de votar durante a era do apartheid, todos cidadãos adultos têm o direito de participar de eleições livres, justas e abertas, o direito de votar e almejar cargos públicos e, caso eleito, tomar posse. Pela Constituição, todos os cidadãos têm o direito de se agrupar, demonstrar, fazer piquetes e apresentar petições, enquanto de maneira pacífica e, acima de tudo, têm o direito de liberdade de expressão. A imprensa e outras mídias podem se expressar livremente e há liberdade acadêmica e de pesquisa.

A Declaração de Direitos, com um modelo progressivo para outras democracias aspirantes ao redor do mundo seguirem, também prevê o direito ao acesso a informações que sejam necessárias para o exercício ou proteção de quaisquer direitos. A liberdade de expressão não se estende a propaganda de guerra, incitação à violência ou advocacia de ódio baseado em raça, etnia, gênero ou religião.

Mais importante, em comparação à era do apartheid, é que todos os sul-africanos são iguais perante a lei e têm o direito por esta de igual proteção e benefícios. Enquanto pessoas eram presas sem um julgamento, em especial por discordâncias políticas, durante o regime do apartheid, atualmente todos têm o direito de liberdade e segurança como indivíduos, que inclui o direito básico que proíbe a prisão sem antes um julgamento, além da proibição de tratamento e punições de maneiras cruéis, desumanas ou degradantes. Todos que estão presos têm o direito de saber o motivo de sua detenção, e a representação legal. Todos presos por alegadamente cometer ofensas têm o direito de permanecer calados e receber um julgamento justo e se expressar perante um júri.

Com vários países ao redor do mundo batalhando atualmente por sua própria liberdade democrática, a África do Sul é vista como fonte de esperança, uma ode ao poder do indivíduo e a vontade coletiva do povo em fazer acontecer mudanças reais e duradouras pelo bem-estar de todos.

Nos dias de hoje, estando o país marcando seu espaço no mercado internacional como membro do cada vez mais influente e poderoso grupo BRICS, junto a Brasil, Rússia, Índia e China, é possível ser um exemplo a seguir para outros países em termos de evolução democrática e mecanismos de apoio institucionais.

Nossa liberdade e democracia é realmente algo a ser celebrado. Sua continuação e durabilidade requer que cada um de nós faça nossa parte para garantir que participemos nos processos e estruturas do modelo, incluindo as eleições. Vamos fazer nossa parte e votar no dia 7 de maio em representantes público que vão governar nosso país nos próximos cinco anos. E vamos votar por uma África do Sul democrática, pacífica e livre.

Sobre a Brand South Africa

Brand South Africa, anteriormente conhecida como o Conselho Internacional de Marketing da África do Sul, foi criada em agosto de 2002 para ajudar a criar uma imagem de marca positiva e atraente para a África do Sul. O nome mudou oficialmente para melhor alinhar seu mandato de construir a reputação da marca da nação da África do Sul, a fim de melhorar sua competitividade global.

Postar um comentário

0 Comentários

Ad Code

Responsive Advertisement