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E pro meu pai nada?

Dia desses vi nas minhas redes sociais, uma pessoa com quem trabalhei parabenizando seu pai pela idade nova.

Observei atentamente enquanto uma mistura de sentimentos e lembranças tomavam conta de mim enquanto relia cada palavra. Me lembrei do tempo em que trabalhei junto com o tal profissional e foi o mesmo período em que a doença do meu pai surgiu com maior intensidade.

Na época busquei meios de tentar ajudar a família em manter o pagamento das despesas e ter a oportunidade de ficar mais perto do meu paizão para acompanhar o seu tratamento.

Como sempre fiz, fui em busca de outros trabalhos, estudei possibilidades de ajudar sem precisar pedir demissão. Trabalhava na mesma empresa que o rapaz em questão, enquanto pela manhã e parte da tarde prestava serviço feito um louco para outras empresas e a noite cuidava das minhas obrigações.

Descobri a possibilidade de solicitar o afastamento sem ônus para empresa enquanto corria para ajudar da maneira como eu poderia me virar. No dia seguinte fui falar com o superior maior, que me disse não haver problema, no entanto o outro rapaz me chamou na sala dele e me deu uma comida de rabo porque passei por cima dele.

Nem tive reação na época para argumentar, mas não me preocupei muito em me alongar ou retrucar, no dia seguinte iria entrar de férias e meu foco era o tratamento do pai.

Passado o mês das férias e ninguém me falou a data que retornaria. Decidi ligar na empresa e me mandaram ir lá. Descobri que por ter perguntado da possibilidade de me afastar como existe o direito na lei, que meu chefe, o rapaz havia pedido minha demissão naquele dia.

Poderia ser algo comum, afinal é a consequência de quem trabalha para os outros, sempre existirão aqueles que dão rasteira ou que preferem mostrar um poder limitado por meio de ações como essas. Mas antes de eu descobrir sobre minha demissão, o mesmo que havia me dado comida de rabo me falou que eu deveria me dedicar exclusivamente lá, pois havia recebido reclamações de que estaria sendo favorecido.

Moral da história foi que fui demitido por ego do rapaz e fiquei sem os outros serviços, enquanto meu pai teve que se desdobrar pra cobrir o buraco que infelizmente ficou aberto, onde ele acabou se acidentando e desenvolveu uma outra sequela, que no futuro foi o que colaborar para sua morte.

A vida é dessas coisas, felicidades ao pai dos bons e saudades de poder parabenizar o meu paizão!

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