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As mulheres e seu cafuné


Já se passaram anos, desde que as mulheres conseguiram diversas conquistas, mas nada se compara aquela mulher com seus dengos ou historicamente coisas femininas, além daquilo que todas elas nós davam quando estávamos na pior, aponto de procurar a mamãe, o que mais nos faz falta, é o cafuné.
Nos dias avexados de hoje, não há mais tempo nem devoção para os delicados alisados na propensa estante para chifre do mancebo (a cabeça).  
Onde foi parar o mais nobre dos gestos de carinho e delicadeza? Nem pagando, se consegue esses paparicos das belas donzelas da vida, nem mesmo o sexo esta conseguindo devolver a vossas mãos às nossas cabeças.
Falamos tanto em sustentabilidade, violência basta já, código florestal e ataques políticos sem sentido algum, do direito a felicidade, que esqueceram da criação imediata do Centro Superior de Cafunés. Ótima idéia a ser espalhada por todo o país. Milhares de casas, guichês, varandas, redes debaixo de coqueiros, sofás na rua, cadeira de balanço nas calçadas... Tudo a serviço dos breves e deliciosos estalinhos dos dedos das moças.
Vamos oferecer workshop para machos and fêmeas, afim de treiná-los, em um programa social de emergência, para reaprenderem o hábito do cafuné. Melhor: que seja feita uma campanha de saúde pública. Ah, quantas doenças de fundo nervoso seriam evitadas, quantos barracos de casais se-riam esquecidos, quantos juízos agoniados seriam libertos!
Sem se falar no erotismo que desperta o dengo, como anotou outro sociólogo, o francês Roger Bastide, no seu belo ensaio ‘Psicanálise do Cafuné’.  Pura libido. Delícia de se sentir; beleza de se ver. O cafuné de uma mulher em outra, ave palavra!, puro cinema, para além muito além do lesbian chic.
Como era comum, na leseira de fim de tarde, nos quintais e nas calçadas. Ao luar, então, um verdadeiro filme de Kurosawa. O resto era silêncio. Ai momento preguiçoso danado de bom, aí aquele arrepio no cangote, quero de volta meus cafunés.
Como pode uma criatura, como esses rapazes e costelas de Adão de hoje, passarem pela vida sem provar do êxtase de um cafuné? Pela obrigatoriedade do cafuné nos recreios escolares, nas missas, nos cultos, nos intervalos dos jogos de qualquer esporte.
Não é possível que se condene toda uma geração a viver sem cafuné. Eis uma questão de segurança nacional. Tão importante como aprender a assinar o próprio nome. O cafuné, aliás, é a assinatura em linda e barroca caligrafia de mulher. Obrigado BL, já estou indo te buscar e ganhar seus maravilhosos cafuné minha lora!

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