Na saúde, na doença, na TPM… E, ainda mais, na prisão de ventre.
Devoção maior não há. Do que viver de perto este drama, seguir todos os passos da costela amada, na pista, na vida, no WC. O carinho, o cafuné, o chamego, o macho re-laxante com a moça onde a moça estiver.
Existem mulheres de todos os naipes, mas elas se dividem basicamente em duas categorias: as que facilitam e as que têm certas dificuldades. Os machos também assim se organizam, segundo Garcia Márquez: os que evacuam fácil e os que se enfezam ao extremo. O escriba mesmo, em conversa sobre o tema com o psicanalista Hélio Pellegrino, declarou-se ruim de serviço, um enfezado nato. Daí, definiram as duas categorias de sujeitos.
O temor feminino diante do trono exige atenção redobrada do macho. Melhor, valiosa leitora, não esconder essa pequena agonia diária. Ponha o tema na roda. Melhor ainda, meu rapaz, é você antecipar-se, assim que notar, pelos sinais exteriores de enfezamento - aquele riso sem graça e a sobrancelha com medo da vida - que a amada carece de maiores dengos, cuidados, delicadezas.
Ou sinais vindos das prateleiras das farmácias: Ducolax, Tamarine, supositórios de glicerina… “Ameixas, ame-as ou deixe-as”, como no hai-kai de Leminski, também são bons indícios para despertar nossos trabalhos de Hércules.
Vale todo esforço. Tive uma morena, por exemplo, da margem esquerda do Rio Acre, que só conseguia quando eu a acompanhava ao banheiro, e ficava ali, sentado, contando-lhe pequenas estórias, fábulas inventadas no embalo free-style. Eu sentava em um banquinho de criança, de modo a ficar à sua altura…
Quando menos via, lá estava o sorriso destravado nos seus lindos beiços. Era como um gol em final de partida, uma celebração, uma festa ao som pós-tudo da descarga… Eu ainda pedia que ela mirasse no centro do meio do olho do vaso. Quem olha as suas fezes, dizia a minha mãe, cria-se sem o menor pecado da inveja. Lição mais sábia.
Outro bom conselho, que deixamos aqui de graça, é o da voz da experiência de minha avó Almira Coelho e o Escrevinhador, livro de Vargas Llosa: “Para dores de amor, nada melhor do que leite de magnésia (…). Na maior parte das vezes, os chamados males de amor, etcétera, são distúrbios digestivos, feijões duros que não digerem, peixe estragado, entupimento. Um bom purgante fulmina a loucura do amor.
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