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A política desgovernada do Acre

Às vésperas de completar seis décadas de elevação de estado, as últimas duas eram fáceis de identificarmos de quem era do “bem” e quem era “mal” nas trincheiras políticas de disputa pelo poder, sempre se vi duas tonalidades de cores, os azuis e os vermelhos, uma coisa de Garantido contra o Caprichoso.

Desde as últimas eleições de 2018 que estamos “livre do mal” e tudo passou a ser azul celestial como o céu deve ser. Ou pelo menos deveria ser!

A chamada oposição passou a ser situação e com grande maioria e quando tudo poderia ser colocado em pratica, daquilo que tanto cobravam dos encarnados, nada andou, tudo parou e só se viu a troca de farpas entre eles mesmos.

Não conseguimos enxergar uma perspectiva de melhorias e não estou me declarando saudosistas dos antigos tempos, pois a gente via muita coisa e não podia falar. Mas se leva em consideração que uma coisa ou outra andavam.

Hoje observamos uma guerra entre azul marinho e o azul royal para saber quem pode mais ou tem mais familiares no poder. Enquanto isso quem só busca uma melhor qualidade de vida para viver vai vivendo de forma alheia das consequências pelas falhas de quem deveria fazer e nada produz.

Precisamos melhorar essa paleta de cores e lembrar que somos um povo só e não partidos diferentes. Se pelo menos o Estado do Acre fosse prospero e não vivesse constante violência, ainda era de se deixar passar. Mas o silencio que impera é o do medo de falar qualquer coisa, pois a incerteza passou a ser a única certeza.

 

Victor Augusto é jornalista, fotografo, radialista e empreendedor.

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