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Profissionais promovem curso para empreendedores ambulantes

As melhores ideias surgem a partir da necessidade, como a máquina do cartão quebrar e não se ter dinheiro físico para pagar a conta, recorrendo-se ao famoso Pix.

Assim surgiu a proposta entre uma especialista em RH e dois jornalistas, que ao se depararem com essa situação, imaginaram como seria a venda de produtos e serviços para pessoas que atuam como ambulantes na cidade de Rio Branco, principalmente nos sinais mais movimentados.

Cada um já realizava ações sociais dentro do seu eixo de pessoas e se propuseram a unir força para levar o conhecimento tecnológico a essas pessoas que estão nas ruas, faça sol ou chuva, eles estão lutando pelo seu ganha pão e até ajuda para outras pessoas.

Eu, Victor Augusto (Bombonzão), Raquel Albuquerque (Menina das Vagas) e Bruna Lopes elaboramos a intervenção com esses ambulantes para ajudar a crescerem seu negócios, de forma voluntária. Onde mesmo com a pandemia do Covid-19 em alta no Estado do Acre, esses empreendedores continuaram suas vendas, como o caso do seu Murilo, o tiozinho das bananinhas.

O senhor Murilo passou por alguns problemas de saúde que limitariam sua vida. Acostumado e muito ativo em suas atividades, se vendo obrigado a reduzir a velocidade da correria diária, quase cai em uma depressão. O médico recomentou que ele pegasse leve, fizesses exercícios regularmente como caminhada e algo que o distraísse.

Morava com os irmãos que cuidavam dele junto com os filhos, ele decidiu ocupar seu tempo ajudando os outros, passou a fritar suas bananinnhas e a oferecer nos sinais de graça, o apurado que fazia era revertido para ajudar outras pessoas, como um amigo vendedor de água de coco quando não conseguia fazer muito.

“Eu consegui juntar o útil ao agradável, aliei minha caminhada que faço nesse trecho e ainda ajudar quem vive em situação mais difícil. Minha família me mantém e foi a forma que encontrei de exercer minha solidariedade aos que tem a vida mais difícil e com poucas oportunidades”, disse Murilo.

Ele lamenta ter perdido irmãos para a Covid-19, mas agradece a Deus por ter uma família sempre presente, que mesmo não concordando com a ideia dele fazer caminhadas nos sinais, o apoia no seu projeto.

“Meus filhos quase ficam loucos comigo, dei um trabalho até conseguir explicar que essa foi a maneira que encontrei para ajudar outras pessoas em a empreender em um negócio meu. Já fui muito bem de vida e quando estava no auge, sempre existiam aqueles amigões que sumiram quando sai. Quando me viram aqui achavam que eu estava na pior, eu nem ligo e faço rir, pois até nisso ajudou a filtrar as boas relações sinceras”, afirma o vendedor.

Murilo foi secretário em município do Acre, atleta muito conhecido, não tinha uma evento do exército e até bancos que ele não fosse chamado para exibir suas habilidades. Ele se cuida durante sua lida diária, usa protetor solar, adaptou mangas cumpridas para proteger os braços do sol, quase um professor pardal bem popular e é com esse carisma que vai ganhando a clientela.

“Eu fico aqui no sinal vendendo as bananinhas, nem todos compram, tem muita gente que faz doação de coração e eu fico muito feliz em saber que tem gente de coração bom. Eu não sabia nem pra que rumo ia esse negócio de Pix até a Raquel me apresentar, hoje a pessoa pode pagar no dinheiro ou no pix. Em breve vou colocar bem grandão a vista de todos para que for compra, já faz o pix e eu corro pra entregar a bananinha. Já até personalizamos a embalagem”, exibe o experiente vendedor.

Estaremos abordando esses vendedores para participarem de uma reunião para explicarmos como faz para se cadastrar e confesso que com a pandemia mostrando a necessidade de nos adaptarmos ao tecnológico, nenhuma entidade financeira ou pública tenha tido esse cuidado que teremos.


Agradeço ao amigo Gustavo Monteiro que me cedeu as fotos.

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