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Passei dos trinta


Existe um texto chamado de repente 30: fazer amigos na vida adulta é realmente mais difícil. Claro que não é de hoje que percebo isso, mas somente mais recente que passou a ser tão evidente. O precisamos marcar algo se tornou mais frequente que a antiga pratica de nós reunirmos.

Não tem mais sitio aos finais de semana com aquela ruma de menino, não tem mais piscina na casa dos que tem piscina para o churrasco das amenidades do que se vivenciou em sala de aula ou aqueles encontros nos feriados do trabalho para os trabalhos de faculdade, regados a bolo e refrigerante. Nem mesmo aquele Hot Filadélfia como propusemos semanalmente nos encontros pós formatura.

Quando completamos os trinta, já estamos inseridos em diversas atividades, que ocupam os espaços sem nos tocarmos que temos tempo para tudo, menos para os encontros com amigos e ate mesmo com parentes. É sindicato, é trabalho, é curso, é academia, é família, são boletos, são issos e aquilos, menos aquilo outro.

Os encontros até voltam a acontecer com uma certa frequência quando um ente querido ou alguém da turma vem a falecer, nesse momento colocamos promessas de que não perderemos mais contato por tanto tempo. Palavras ditas para tentar amenizar as lacunas que deixamos ou nos deixam conosco nesse distanciamento.

Se pararmos para prestar atenção, nossa rotina cai em uma zona de conforto, que não temos forças ou a mesma disposição que possuíamos com uma simples ligação de “bora ali!”. Essa semana vivenciei isso como qualquer outro da minha idade, em um momento fizemos a promessa de nos encontrar no feriado, mas um foi pra casa da namorada, a outra tinha um acumulo de serviço, enquanto no outro, fui dispensado sutilmente com um se eu não for fazer nada com o pessoal do trabalho, a gente combina algo.

De fato passamos a ter mais amizade com os colegas de trabalho, do que com as relações conquistadas na infância, adolescência e inicio da vida adulta. Claro que isso faz parte do amadurecimento, como disse, caímos em meio a uma zona de conforto e ali estacionamos. Acho que estou até me surpreendendo comigo, que sou saudosista com relações e estou me propondo mais a me misturar com novos contatos de outra faculdade.

Tudo isso pode ter parecido um lamento, mas não é, apenas para mostrar que precisamos viver intensamente as fases de nossas vidas, pois chegaremos em um retiro interno e pessoal, que os encontros acontecerão em momentos tidos como muito importantes por consideração ao que foi vivido ou pela perda. Esperamos que nunca seja pela segunda, mas se não mudarmos nossos hábitos, nada de novo acontecera andando pelos mesmos caminhos.

Eu já vivi minhas tristezas e perdas mais significativas dos vinte e cindo aos trinta, agarro e busco viver intensamente as oportunidades de estarmos juntos em família de sangue ou aquela que escolhemos para chamar de amigos. Que neste ano venham os trinta e dois!

Viva hoje para não ter que viver lamentando os seus demais dias e pensando que poderia ter sido diferente. Encerro com a frase de Chaplin “A vida é uma peça de teatro que não permite ensaio”. Viva!



Victor Augusto N. de Farias é jornalista, blogueiro, rotariano, sindicalista, acadêmico de direito e empresário.
Twitter: @bombonzao
IG: victoraugustofarias

Email: victor.ojornalista@gmail.com

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