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Câmara aprova Estatuto da Família


Victor Augusto

A galeria da Câmara de Rio Branco foi ocupada por ativistas do movimento LGBT e membros da Associação dos Ministros Evangélicos do Acre (Ameac) para acompanhar a votação do Projeto de Lei 03/2018 que dispõe sobre o Estatuto da Família.

O PL prevê os direitos familiares e as diretrizes de políticas públicas voltadas para a valorização e apoio da entidade familiar.  Mas o ponto divergente se deu por não inserir a inclusão do movimento LGBT. Germano Marino declarou que a Câmara estaria indo de encontro ao que acontece no cenário nacional.

“Estamos aqui para debatermos e sensibilizar a Câmara da nossa inclusão, pois se não ocorrer mudanças, a Casa do Povo estará na contramão do que ocorre no cenário nacional, onde já existem jurisprudências que reconhecem nossa relação como familiar. A proposta original salienta o fortalecimento a discriminação e preconceito”, disse Germano.

Em defesa da discussão pela modificação do projeto, o vereador Rodrigo Forneck (PT) propôs que fosse realizado uma audiência pública e que a sociedade fosse ouvida sobre o tema e que tirassem os devidos encaminhamentos.

“Precisamos debater esse tema mais a fundo com a sociedade e não permitir que a Câmara venha excluir pessoas. Precisamos acompanhar a dinâmica do restante do mundo e evitar a exclusão de pessoas”, ressaltou Rodrigo

O presidente da Casa, Manuel Marcos (PRB) propôs que os vereadores recebessem as comissões e somente após essa oitiva dos requerentes e ativistas fossem tomadas por todos os vereadores.

“Esse projeto já se encontra na Casa a quase trinta dias, um projeto debatido entre entidades religiosas, civil e constituintes da própria sociedade. Vamos ouvir as duas comissões presentes para que então possamos tirar um encaminhamento. A mesa não pode assumir a responsabilidade de fazer qualquer alteração, sem antes passar pela aprovação dos demais parlamentares”, declarou o presidente.

Após discussão com os grupos presentes, os vereadores entenderam que o projeto deveria ir a plenária e ser apresentada na ordem do dia. Tão logo os vereadores favoráveis e os contrários apresentarem seus pontos de vistas, o projeto foi para votação, vindo a ser aprovado pela maioria com dez votos e três contrários.

Contra a democracia

Após o encerramento da sessão desta quinta (05), membros mais extremos do movimento LGBT, jogaram ovos contra o carro dos vereadores que votaram favoráveis ao projeto. Apenas o vereador N. Lima (DEM) foi atingido por sair com meio vidro aberto.

“É lamentável ver pessoas esclarecidas não aceitarem a democracia. Votamos conforme consideramos ser o melhor. Isso mostra mais uma vez que militantes partidários não aceitam ser contrariados. Já reportei o caso a mesa diretora e irei tomar providencias jurídicas com relação ao fato”, disse o vereador.



Victor Augusto - Fotos

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