A Zona Azul passa a valer a partir desta segunda-feira, 15 de dezembro, inicialmente em cinco ruas do Centro (Epaminondas Jácome, Arlindo Porto Leal, Avenida Brasil, Dr. Franco Ribeiro e Rui Barbosa), utilizando preços bem mais em conta que a tabela praticada em outras cidades: até R$2 para carros e no máximo R$1 para motos. A segunda fase, prevista para começar em 2 de janeiro de 2015, expande o serviço para outras ruas do Centro da cidade bairros como Estação Experimental e Bosque.
“O estacionamento rotativo democratiza o uso dos espaços públicos em Rio Branco”, disse o prefeito Marcus Alexandre ao lembrar que até chegar a Zona Azul a Prefeitura percorreu um longo caminho em busca do reordenamento e da modernização do trânsito de Rio Branco: do Plano Diretor de Transporte e Trânsito às grandes obras viárias ou das ciclovias às calçadas o esforço para dar cabo aos transtornos no trânsito determina um novo tempo para a política de mobilidade social exatamente quando a cidade festeja seus 132 anos de fundação buscando por todos meios melhorar a qualidade de vida de seus moradores.
A Zona Azul é uma das muitas ações desencadeadas para melhorar a mobilidade social na cidade –e que começaram há muito tempo. A RBTRANS teve de lançar mão de soluções inovadoras para construir ou recuperar 9 quilômetros de calçadas ao mesmo tempo que ofertou 82 novas vagas para idosos e deficientes e instalou 130 rampas de acessibilidade com sinalização e piso táctil, sempre em pontos estratégicos para esse público.
Sucesso nas cidades onde foi instalado
O Estacionamento Rotativo é bem-sucedido nas cidades onde foi implantado. Em Vitória, por exemplo, o sistema chegou em julho passado e no primeiro dia, segundo anunciou a Prefeitura da capital capixaba, o trânsito fluiu com rapidez nas vias que davam acesso ao Centro. Em Mossoró (RN) um estudo realizado no último mês de novembro pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Comércio mostrou que 89% da população aprovou a Zona Azul.
Em São Paulo, o sistema opera desde 1975 com preços muito superiores aos propostos para Rio Branco. Os preços que mais se assemelham aos da capital acreana chegam a R$5/hora.
Em Piracicaba (SP) pesquisa realizada pelo jornal A Tribuna Piracicabana mostrou que 87% dos 400 comerciantes entrevistados disseram que a Zona Azul traria bons resultados para a cidade.
O espaço público agora está democratizado e todos podem usufruir dele
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O estacionamento rotativo é, em sua essência, o esforço da Prefeitura em democratizar os espaços públicos. Os motoristas que forem estacionar seus carros na Zona Azul de Rio Branco precisam estar atentos às mudanças que começam a valer a partir desta segunda-feira, dia 15. Parquímetros já foram instalados e, com o novo sistema, o preço passa a ser de até R$ 2 por hora para carros. Os proprietários de motos pagam, no máximo, R$ 1.
Nas dezenas de cidades onde foi implantada, a Zona Azul gerou dúvidas e críticas em um primeiro momento, mas depois virou motivo de gratidão: as pessoas passaram a ver a solução porque não tinham mais problema de estacionamento nas áreas de grande fluxo, como é o Centro Histórico de Rio Branco. Nessa região, onde a cidade deu seus primeiros passos rumo à modernidade com as primeiras edificações em alvenaria, circulam cerca de 70 mil pessoas todos os dias –grande parte de funcionários públicos, empresários e trabalhadores do comércio. “Os empresários, trabalhadores e servidores públicos não precisam ficar preocupados. Podem ficar tranquilos porque onde foi implantado o Estacionamento Rotativo causou estranheza em um primeiro momento, mas depois se mostrou algo muito importante para o trânsito no Centro”, afirmou o presidente da Associação Comercial, Industrial, de Serviços e Agrícola do Acre (ACISA), Jurilande Aragão. Ele próprio ligou para o colega presidente da associação de Santa Catarina e perguntou como foi o processo naquele Estado. Os aspectos positivos, constatou Aragão, mostram a relação custo-benefício muito positiva ao usuário do sistema. “As pessoas que precisam estar no Centro por curtos períodos encontrarão estacionamento”, observou Nélio Anastácio, diretor de Trânsito da RBTRANS.
Além das lideranças empresariais, o alto comando da Polícia Militar defende a iniciativa. “É uma boa ideia”, resumiu o coronel José Anastácio, comandante da PM, cujo escritório está localizado no Quartel de Comando Geral na Praça da Revolução, um dos grandes pontos de estacionamento do Centro.
Por “democratização dos espaços públicos” entende-se que todos terão direito igual ao acessar uma vaga de estacionamento em via pública. A professora de educação física Maria Rita Gonçalves trabalha na Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (SEMEL) na movimentadíssima Avenida Getúlio Vargas. Diariamente a educadora enfrenta o stress de não encontrar acesso ao estacionamento da secretaria porque os motoristas costumam bloquear a entrada por horas seguidas. Por isso, ela presta total apoio a Zona Azul e diz que o estacionamento rotativo vai acabar com problemas como esse que vem sofrendo todos os dias. “Esses motoristas deixam o carro aqui ao invés de procurar uma rua mais tranquila”, observou a professora. Ela tem conhecimento de que o local onde trabalha, o bairro do Bosque, será alcançado pelo estacionamento rotativo a partir do ano que vem.
“Tem gente que se sente dono da rua”
Nascido no Acre, o jornalista Antônio Kléber não tem dúvidas de que Rio Branco precisa modernizar-se. O Estacionamento Rotativo, para ele, é um passo importante não apenas nessa direção como proporciona geração de emprego e renda e amplia a sensação de segurança nas ruas do Centro. “Tem gente que se sente dona da rua”, diz Kléber ao avaliar que os resultados em Rio Branco certamente serão os melhores possíveis já que assim o foram nas cidades onde existe a Zona Azul.
Usuários vão sentir melhora na qualidade de vida com menos carro no Centro
Além disso, a tendência é que os ambientes se mantenham limpos e que os congestionamentos sejam reduzidos.
Agentes da RBTRANS e de outros órgãos da Prefeitura percorrem as repartições públicas distribuindo panfletos que trazem variadas informações como a localização dos 25 estacionamentos privados no Centro, os quais tem capacidade para ofertar cerca de 1.050 vagas. São estacionamentos localizados nas ruas Rui Barbosa, Quintino Bocaiúva, Arlindo Porto Leal, Rio Grande do Sul, Marechal Deodoro e Avenidas Brasil, Ceará e Getúlio Vargas.
A implantação da Zona Azul ocorrerá em duas etapas, depois que a Prefeitura acatou o pedido dos flanelinhas, profissionais que trabalham como guardadores de carro, para que fosse estabelecido um período de transição visando a adaptação da categoria ao novo sistema. Em parte, eles irão trabalhar para a Serttel ou estarão ingressando no mercado de trabalho após passarem por capacitação técnica. Nessa primeira etapa, dos 38 flanelinhas previamente cadastrados, a maioria deve ser absorvida pela empresa que implantará o Rotativo para atuarem como vendedores do bilhete da Zona Azul.
O total de flanelinhas cadastrados chega 100. Com o Sistema S (da Federação das Indústrias do Estado do Acre) os flanelinhas poderão acessar a cursos ligados à construção civil, por exemplo, e outras áreas de interesse.
O Sistema de Estacionamento Rotativo pago contribui, principalmente, na democratização do uso dos espaços públicos, permitindo que a mesma vaga seja utilizada por várias pessoas ao longo do dia. A rotatividade do uso das vagas contribui também para a qualidade de vida, haja vista que, os condutores circulam menos para encontrar uma vaga, reduzindo assim, o nível de poluição ambiental.
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Estacionamentos comerciais existem no Centro de Rio Branco ofertando 1.050 vagas.
Sistema possui várias formas de pagamento
O tempo mínimo de ocupação de cada vaga será de 30 minutos e o máximo de 120 minutos. O preço para o motociclista fica entre R$ 0,50 e R$ 1,00 e o valor para os que possuem automóveis entre R$ 1,00 e R$ 2,00. A exceção fica por conta das caçambas coletoras de entulho, autorizadas a permanecerem no local por 24h, porém com tarifa a ser cobrada pelo preço de R$ 10. A taxa de utilização poderá ser paga com moedas e cartão recarregável diretamente nos parquímetros ou nos pontos de venda. Os usuários ainda poderão realizar o pagamento partir do autoatendimento telefônico e de um aplicativo gratuito no telefone móvel Smartphone. A Zona Azul também contará com vagas de estacionamento para idosos, mediante pagamento e para pessoas com deficiência física, gratuitamente.
Os cartões pré-pagos podem ser adquiridos com os monitores da empresa Serttel (www.serttel.com.br) ou nos diferentes pontos de venda espalhados pelo Centro onde também será feita a recarga. Todos os funcionários já passaram por treinamento e estão aptos a prestar informações. Cada um vai estar equipado com equipamentos como carregador portátil e impressora.
“Uma iniciativa perfeita”
O assessor de imprensa da Assembleia Legislativa do Acre, Rutemberg Crispim utiliza diariamente as ruas do Centro e aprova com louvor a implantação do Estacionamento Rotativo: “considero uma iniciativa perfeita”, disse o jornalista que costuma andar a pé pelo Centro fazendo observações de como poderá ser muito melhor o trânsito naquela região com a adoção da Zona Azul.
Zona Azul é mais uma das várias medidas para melhorar a mobilidade social em Rio Branco
Entre essas ações estão a oferta de estacionamento para idosos e deficientes, a recuperação e construção de calçadas, rampas de acessibilidade e sinalização inovadora para acabar com pontos de conflitos no trânsito.
A Zona Azul é mais uma importante ação no grande número de medidas que a Prefeitura adota para melhorar a mobilidade social em Rio Branco. A renovação de mais de 50% da frota de ônibus, a construção de dois terminais de integração (e outros dois em andamento), a criação do Centro de Controle Operacional, os ônibus articulados, e outras ações elevaram a 3.000.000 o número de viagens anuais nos ônibus –e o número continua crescendo. A redução e o posterior congelamento a R$1 no preço da passagem estudantil beneficia 60 mil alunos das redes de educação estadual, municipal e federal. O bilhete eletrônico, cujo crédito é R$0,15 mais barato que o comprado com dinheiro, permite integrações em todas as linhas sem o pagamento de nova passagem.
Mas há muito mais: em dois anos a RBTRANS construiu ou recuperou 9 quilômetros de calçadas na cidade. Somente no Centro foram implantadas ou corrigidas 130 rampas de acessibilidade e as calçadas receberam piso táctil e sinalização. Tudo no âmbito do Programa de Construção e Recuperação de Calçadas.
Por esse programa, as faixas de pedestres, em trechos de maior movimentação da Avenida Getúlio Vargas, Avenida Ceará, Rua Rui Barbosa, Rua Rio Grande do Sul, Rua Marechal Deodoro, Benjamin Constant ficaram mais fácil de serem visualizadas após revitalização.
Acessibilidade: 130 rampas de acesso e 82 vagas de estacionamento para deficientes e idosos
Além do atendimento direto às pessoas com deficiência, os ciclistas que andam pelo Centro convivem agora com as novas ciclofaixas nos chamados ´pontos de conflito´, áreas que foram pintadas em vermelho, como a Ponte Sebastião Dantas. “Criamos 84 novas vagas de estacionamento sinalizadas para pessoas com deficiência e idosos, todas em pontos estratégicos”, disse Aline Louise, diretora do Departamento de Mobilidade da RBTRANS, que lembra que as peculiaridades do Centro de Rio Branco tornam as soluções muito mais complexas. “Temos de dar soluções novas, que não se encontram nos manuais”, completou Aline.
Valores praticados em Rio Branco é um dos menores do País
É possível conferir os preços praticados para a Zona Azul em diferentes cidades do País e chegar à constatação de que os valores acreanos são dos menores por uma hora de estacionamento, especialmente quando se compara com cidades de interior. Veja:
Rio Branco: R$1
Pindamonhangaba (SP): R$1,50
Porto Ferreira (SP): R$1,45
Itatiba (SP): R$1,80
São Paulo: R$5 (região do Parque do Ibirapuera)
Manaus: R$2
Rio de Janeiro: R$4 (Zona Sul)
Guarulhos: R$1,25
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