Por que os homens que têm mulheres incríveis, mulheres maravilhosas, procuram as garotas de programa? É uma pergunta tão antiga quanto à humanidade em querer saber o DNA da coca-cola.
Uma das melhores respostas sobre o assunto foi a do gênio, o homem, o mito, o ator Jack Nicholson.
Quiseram saber da lenda do cinema o motivo pelo qual pagava para que belezuras o servissem, sempre em domicílio. Por que, afinal, um cara charmoso e interessante como ele, capaz de ficar, transar, comer, amar, dormir com as melhores mulheres desse mundo, ainda apelava para tal expediente?
Nicholson não titubeou um segundo sequer. “Ora”, disse, “não pago somente para que essas respeitáveis mulheres se desloquem até a minha casa. Pago caro, sim, pela possibilidade de poder mandá-las embora na hora em que eu bem entender”. (tradução livre pelo google tradutor) um eterno publicitário do ramo, mesmo sem ele saber.
Essa liberdade, na versão do ator, seria a grande vantagem do comércio do sexo sobre as ditas “mulheres normais”. Assim como essa, existem várias respostas possíveis. Todas com o chamado fundo de verdade, todas deliciosamente furadas, umas verdadeiras porcarias machistas.
Bruna Surfistinha, uma ex-garota de programa que todos “conhecemos”, autora do mais novo ensaio sobre as mulheres de vida fácil: Bruna Surfistinha – O filme. O livro é um show de experiência própria e compilação de dados antropológicos, com finas citações de intelectuais de responsa, por exemplo, sobre as chamadas “trabalhadoras do sexo” – como são politicamente tratadas.
O calhamaço pode até não responder a nossa dúvida, mas certamente nos ajudará a entender melhor essas moças e o poder que exercem e sempre irão exercer sobre nós.
Sem esquecer, é claro, a fantasia de vocês, queridas leitoras, de pelo menos por uma noite – uma noitezinha e nada mais – vivenciarem este papel tão sedutor e fetichista.
Seja debaixo da ponte metálica, nos bregas no interiorzão do Estado ou nos inferninhos pulverizados de eucalipto de todas as saunas ou açúcar queimado. Não importa.
O que faz o homem, repito, amigo, mesmo o mais bem-sucedido dos dons Juans, historicamente procurar as Séverines? Séverine, aliás, era uma burguesa, riquíssima, tinha de tudo, nada lhe faltava. Procurou um fino bordel por desejo mesmo.
Tudo bem, a liberação sexual alterou um pouco essa história, mas a prostituição, pelo que se vê, resiste firmemente. A hipocrisia em relação ao tema, no entanto, segue a mesma, óbvio, não acha?
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