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Base de guerra

Uma das coisas que admiro no meu bairro, é a capacidade de solidariedade com que os moradores tem uns com os outros, principalmente nas cheias.

Quem possui barcos ajuda os alagados e também cobram daqueles que tem possibilidade de pagar, pois eles também passam pela mesma situação. A aqueles que permanecem nas suas casas para proteger o pouco que tem ou para garantir que nada será estragado.

Com o baixar das águas inicia-se uma verdadeira operação de guerra, onde corre-se contra o tempo para retirar a lama das residências antes que ela seque e dificulte ainda mais a vida dos que ficaram na condição de alagados.

Na manhã desta sexta-feira, 07, era possível notar na pratica o que todos nós da Base passamos, um mega mutirão realizado por moradores, enquanto o poder público parece ignorar os mais simples.

Uma das minhas vizinhas, uma senhora estava aflita, pois foi informada por uma servidora que somente as pessoas alojadas nos abrigos teriam prioridade para o retorno ao lar. A questão é que ajudaram a retirar, mas não tiveram a sensibilidade de tentar ajudar.

Liguei para as autoridades que conheço e possuo o telefone e ninguém atendeu. Pode ser feriado, mas quem está passando pelo perrengue em que estamos, não consegue ficar tranquilo com suas coisas em outros locais e fora de casa. Entendo que merecem descanso, mas uma ligação e pedido para quem pode ajudaria e muito.

Seguimos contanto com a colaboração dos vizinhos e conhecidos que a todo momento chegam para saber como estamos ou verificar a situação.

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