Não é de hoje que se fala no potencial do Carnaval do Brasil, onde movimenta diversos setores por meio das atrações turísticas e que cidades ou mesmo estados vivenciam a festa momesca com grande intensidade, pois ela representa um forte poder econômico para aquela localidade, assim como outras cidades turísticas.
O turismo é um dos segmentos mais fortes e que apresenta grande influência na economia, assim como na cultura. Eventos culturais geram faturamento não somente para os envolvidos nos eventos, mas em toda a cidade como mencionado acima.
O Rio de Janeiro instituiu o Carnaval como feriado, pois atrai gente do mundo inteiro, movimentando agências de turismo, hotéis, táxi ou motoristas de aplicativo, lojas, restaurantes entre outros profissionais e profissões.
Lamentavelmente a imprensa acreana parece não ter entendido e reforça a ideia de que não entende a importância desses eventos para o Estado, assim como o turismo que mesmo na pandemia chegou a movimentar mais de R$5 milhões com turismo de negócio.
Recentemente a Associação dos Docentes da UFAC (Adufac) realizou um encontro nacional, com mais de setecentas pessoas vindas de fora, lotando hotéis, pousadas e dormindo até em casas de aluguel. Um dos atrativos foi o turismo reforçado pela universidade, onde pessoas do sul do Brasil foram de Rio Branco a Xapuri conhecer a história de Chico Mendes, a Brasiléia conhecer o comércio entre os países. Atrativos expostos pela organização enquanto na imprensa não se nota nada dessa representatividade informativa.
Mais recente ainda se acompanha as matérias até depreciativas com relação ao carnaval, com a falsa ideia de esvaziamento. Sendo que o período realizado da festa ocorre em uma época de grandes chuvas.
Na primeira e segunda noite deu baixa participação devido ao tempo e a pulverização de eventos semelhantes de caráter privado, inclusive anunciados pela imprensa local. Onde a mesma coloca que não dera ninguém na Arena da Floresta, sendo que após a chuva as pessoas compareceram. Não temos um Carnaval de Salvador onde as pessoas saem mesmo na chuva para pular o Carnaval.
A cada notícia depreciativa como falta de público, reforça a ideia de esvaziamento e as pessoas deixam de ir mesmo, causando um prejuízo não só para o Estado, que somos todos nós, mas principalmente para os comerciantes que apostaram no evento. Diferente dos meios de comunicação que recebem a verba de mídia todos os meses mesmo sem fazer esforço, tem muitas famílias que dependem desses eventos para sobreviver.
O fortalecimento da miséria no Acre também pode ser atribuído ao deserviço que alguns veículos de comunicação desempenham por falta de aprofundamento de matérias. É hora de parar de jogar bola nas costas de todos e caminhar com seriedade no papel confiado pela população com os que sustentam a voz, os olhos e a fiscalização da população diante dos representantes públicos.