Arte de Milo Manara |
“Ah! Eu vim aqui amor só pra me despedir, E as últimas palavras desse nosso amor, você vai ter que ouvir. Me perdi de tanto amor, ah, eu enlouqueci. Ninguém podia amar assim e eu amei, E devo confessar, aí foi que eu errei”.
Ah o velho Robertão nunca errou
nas suas músicas para definir os momentos que vivemos quando se trata da dor invisível
causada por uma costela mal colocada. Uma costela da criação não correspondida.
Mais uma vez outra vez voltamos ao quadro negro para traçar novas mal traças
linhas da paixão.
Nos memes já se alardeia que amar
é como carro antigo, se o motor não bate, o jeito é recorrer ao álcool. Nada mais
aliviador do que a boa psicologia de uma bar, a terapia que nos joga na lama
para depois ressurgirmos como uma fênix. Isso até o reencontro com a obra prima
da criação aparecer!
“Vou te olhar mais uma vez, na
hora de dizer adeus, Vou chorar mais uma vez quando olhar nos olhos seus, nos
olhos seus, A saudade vai chegar e por favor meu bem Me deixe pelo menos só te
ver passar, Eu nada vou dizer perdoa se eu chorar”.
Sim minhas caras donzelas, nada
mais ridículo e frágil do que um homem corneado por uma amor não correspondido,
nada mais baixo do que o choro no dia seguinte a dividir espaço com a ressaca. Mas
como já diz o ditado popular, agora é força na perua e bola pra frente, pois na
tabuada da vida, o que é mais um fora?!
Victor Augusto N. de Farias é jornalista, acadêmico de direito, radialista,
fotografo e empresário.