Uma das primeiras paixões que despertam desde de cedo e nas primeiras horas do dia, ela inicia bem quentinha e dentro de uma xícara, copo ou um caneco se preferir. Estamos falando do café. Seja ele forte, fraco, doce ou amargo, não tem quem prove e que não venha gostar. Sua história vem de gerações ancestrais e se espalhou pelo mundo, oportunizando melhorias e características únicas dependendo da forma que é cultivado e aonde.
Seu cultivo é muito forte na região sul e sudeste do país. Onde sua presença representa um braço forte da economia local e uma renda acima da média para quem trabalha de forma direta ou indireta. Com experiências de sucesso em outros estados e importado para a região norte do Brasil, surge um novo tipo devido as características de solo, clima, ambiente e através das pesquisas realizadas pela Embrapa/AC, assim surge os Robustos Amazônicos.
“Sofri um certo preconceito e banhos de água fria quando decidi plantar café no meio da Amazônia, ainda mais no Estado do Acre que fica distante dos grandes centros produtores do derivado do café. Mas hoje somos um incentivo aos demais moradores da região, pois conseguimos receber em dobro tudo o que investimos e por isso tem se consolidado. sem falar nas orientações que a Embrapa tem feito conosco ao longo desses anos”, disse o produtor de Acrelândia.
Pesquisadores da Embrapa antes da pandemia do Covid-19, deram início aos estudos com plantações de diferentes tipos de tratamento e com uma nova técnica que se os resultados confirmarem a expectativa, o Estado do Acre poderá ser um grande competidor na produção e exportação do café. O pesquisador da Embrapa/AC explicou um pouco a respeito do processo.
O processo se dá por etapas, como a outorga, autorizando o produtor utilizar recursos hídricos, uma bomba de distribuição com suporte da fertilização no momento em que será distribuída a água que irrigará. É nesse momento que entra um dos pontos mais importantes da pesquisa que é saber o quanto e quando molhar.
“Esses estudo são realizados na prática, dentro do campo da Embrapa/AC, onde implantamos modos de trabalho de quando regar e o quanto regar, nos mesmo moldes que poderão ser adotado pelos produtores. Temos pés que diferenciam o tempo de irrigação e o volume de água que recebem durante o processo, que representa também a diferença entre as regiões do Estado do Acre”, enfatizou Celso.
Através dessas pesquisas feitas pela Embrapa no Acre, que se busca a maior valorização do produto ainda no pé, pois impactará na hora da venda. A saca de café hoje está na faixa de R$800. Com os resultados confirmados, o Estado do Acre poderá comercializar o café com a mesma qualidade de um tipo Arábica. Mas esse é um assunto pra outro cafezinho.