Ad Code

Responsive Advertisement

A história quase esquecida de Wanderlei Dantas

Francisco Wanderley Dantas nasceu em Porto Acre (AC) no dia 22 de outubro de 1932, filho do coronel Sebastião Gomes Dan­tas - um dos oficiais ligados a Plácido de Cas­tro na conquista do Acre - e de Maria Cândi­da Vanderlei Dantas.

Bacharel em filosofia, ciências e letras, for­mou-se em geografia e história pela Universi­dade do Brasil, no Rio de Janeiro.  Professor e técnico de educação do Ministério da Educa­ção e Cultura (MEC), além de assistente do di­retor-geral do Departamento Nacional de Edu­cação, colaborou no Plano Nacional para a Er­radicação do Analfabetismo (1957-1962), foi assistente técnico do Sistema Rádio-Educativo Nacional (Sirena) em 1959 e representou o MEC em viagens de inspeção aos estados.  Par­ticipou ativamente também da campanha para a transformação do então território do Acre em estado, o que enfim se concretizou em ju­nho de 1962.

No pleito de outubro desse ano, elegeu-se primeiro-suplente de deputado federal pelo novo estado na legenda do Partido Social De­mocrático (PSD), exercendo diversas vezes o mandato na legislatura de 1963-1967. Em consequência da extinção dos partidos políti­cos pelo Ato Institucional nº. 2 (27/10/1965) e da posterior instauração do bipartidarismo, filiou-se em 1966 à Aliança Renovadora Na­cional (Arena), agremiação governista em cuja legenda reelegeu-se deputado federal, em no­vembro do mesmo ano.

Em outubro de 1970, indicado pelo presi­dente da República, general Emílio Garrasta­zu Médici, foi eleito governador do Acre pela Assembléia Legislativa do Estado, deixando a Câmara em janeiro do ano seguinte para assumir a chefia do Executivo estadual em março, permanecendo no cargo até março de 1975.

No pleito de novembro de 1978 elegeu-se suplente do senador Jorge Kalume na legenda da Arena. Com a extinção do bipartidarismo em novembro de 1979 e a consequente refor­mulação partidária, filiou-se no ano seguinte ao Partido Demo­crático Social (PDS), agremiação governista que substituiu a Arena.

Faleceu em Brasília no dia 24 de maio de 1982.

Era casado com Leila Ribas Vanderlei Dantas, com quem teve duas filhas.

Publicou Palavras e ação; Problemas da borracha; Profissão de fé; Projeto Oeste e O estado do Acre e o desenvolvimento da Ama­zônia.

 

FONTES: CÂM.  DEP. Deputados; CÂM.  DEP. Deputados brasileiros. Repertório (1967-1971); Encic. Mirador; NÉRI, S. 16; Perfil (1974); Súmulas; TRIB.  SUP.  ELEIT. Dados (6, 8 e 9); Veja (2/6/82).

 

Wanderley Dantas foi escolhido pelo presidente do Brasil Emílio Garrastazu Médici para ser governador do Estado do Acre, seu projeto era implantar um modelo de desenvolvimento que entregasse o Acre à fronteira capitalista, que vinha sendo implantada pela ditadura militar no Brasil, o Projeto Oeste, desenvolvido para dar sustentação à modernidade. Neste, foram estabelecidas metas como a criação de um plano viário para o estado, a construção de uma estação rodoviária e a construção de uma ponte sobre o rio Acre. No transporte aéreo foi construído o aeroporto Presidente Médici, na educação foram implantados vários projetos como o Minerva para erradicar o analfabetismo, o Mobral para alunos aprovados no exame do primeiro grau, foram implantados o Sesi e o Senai para cursos profissionalizantes. A federalização da Universidade do Acre foi outra medida de seu governo e a construção da Sanacre para o saneamento básico. O tema proposto está inserido na História Política e História Econômica.

Postar um comentário

0 Comentários

Ad Code

Responsive Advertisement