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Ignorância coletiva

Desde as eleições de 2018, que comprovadamente os partidos de esquerda, mais precisamente liderados pelo Partido dos Trabalhadores, perderam espaço no cenário político dos pontos mais estratégicos da democracia local, fossem os estados e na sequência de 2020 às prefeituras das capitais.

De lá para cá o Brasil se tornou duas casas, os Montéquios e Capuletos, dispostos a partir para o ataque físico e moral para conseguir o convencimento através da forma agressiva dos discursos, onde a “minha verdade” é soberana. Deixamos de ter a guerra simbólica entre os coxinhas e os mortadelas para evidenciarmos a batalha campal entre “corruptos” e os “patriotas”.

Nesse período de pré-guerra civil, a intolerância parece ter tapado os olhos de todos. Durante os quatorze anos de PT na Presidência da República, o símbolo adotado pelo partido foi a estrela do próprio partido, deixando de lado o símbolo nacional, a Mão Pátria, a nossa bandeira em segundo plano.

Após a derrota nas urnas de 2018, os chamados idealizadores do “novo patriotismo” passaram a adotar os símbolos nacionais como seus. O que seria muito bom se de fato a soberania estivesse no topo das prioridades, enquanto a cortina de fumaça vedava a nação que fomos sequestrados por pessoas que tentam usar uma narrativa inexistente, os dois lados diga-se de passagem.

Ontem vi uma amiga compartilhar em suas redes, uma pessoa trans atear fogo na Bandeira Nacional. Neste momento também fui tomado por uma revolta, não por ser uma pessoa que apoia outro partido, mas pelo desrespeito a todos nós. O que motivou a escrever esse artigo.

Logo também me veio a reflexão de que durante quatorze anos de um partido e quase quatro de outro, a população foi levada a ignorância e a fortalecer o desrespeito que se acentuaram durante o isolamento social, que deveria ter servido para aproximar as pessoas e fez foi piorar. Esse é o assunto para outro artigo.

Retomando o ponto do patriotismo legitimo. Há quanto tempo não se escuta nas ruas, nas escolas ou nas casas o Hino Nacional? O Hino à Bandeira? Se conhece pelo menos o Hino Nacional? Não. São dezoito anos sendo empurrados para a ignorância e tudo aquilo que nossos pais defendiam que era a educação parece ter contraído COVID-19 e está na UTI a caminho da morte.

As pessoas precisam voltar a sua racionalidade e contribuir para o fortalecimento do país, do Estado, da sua cidade. E aqui eu não estou fazendo pedido de voto para lado A ou lado B, mas tentando fazer com que se abram os olhos para o que vem cegando a maioria.

É a fome, a miséria, a pobreza, a criminalidade, a violência, a agressão, a corrupção tudo crescendo na frente da gente e todos achando que é normal ou fingindo demência. Até quando vai se terceirizar a responsabilidade das escolhas? Há mais de cinquenta anos o Brasil parou no tempo e de uns tempos para cá busca regredir. Não existe mais tempo para ficar insistindo nos erros ou se aventurando em desconhecidos.

Abram os olhos meus compatriotas brasileiros, ouçam as ruas companheiros e companheiras. Deixemos de ser massa de manobra e vamos aprender a fazer nossas escolhas. A corrupção começa nas previas da eleição, quando você se troca por qualquer valor e paga um preço alto por quatro anos e determina que os outros também paguem.

Juventude tire seu tempo e use a internet para fazer seu título de eleitor, você que não votou vá logo justificar ou se regularizar, a você que está regular aproveite para avaliar os candidatos que se apresentam. Lembrando que a escolha dos parlamentares influenciam muito na gestão do executivo.

Vamos mostrar que somos mais inteligentes e mostrar que a ignorância é por parte deles achando que nos levarão na conversa.

 

Victor Augusto N. de Farias é jornalistas, radialista, empresário, sindicalista e rotariano

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