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A difícil e não tão glamorosa rotina de uma modelo no Salão do Automóvel

Rodrigo Lico

Beatriz Moura tem 27 anos, trabalha como recepcionista de eventos a cerca de doze anos  e afirma: “não é uma vida glamorosa, as modelos ficam em média 15 horas por dia em cima do salto, e se trabalharem como destaque tem que usar um vestido diferenciando e salto 15”, argumenta a modelo.
Segundo ela existem muitas variáveis  na contratação da modelo, como o cachê, a agência que contrata a profissional para desenvolver um determinado trabalho, e os requisitos são muitos, as modelos são questionadas, por exemplo, quanto tem de altura, quanto tem de quadril e peso, tudo isso influencia na contratação, revela a modelo. Beatriz explica: “não é uma vida fácil e glamorosa, é preciso ter muita garra, e esforço para se ganhar dinheiro neste meio”. 

Sobre a questão do assédio ela diz: “somos assediadas porque somos bonitas, estamos vestindo roupas sensuais com decotes ousados e provocantes,  que destacam as qualidades físicas da mulher no intuito de chamar à atenção. É precisa ter muito jogo de cintura e deixar claro para que pratica assédio, que você está a trabalho e não a venda como um produto”.

Beatriz afirma que é formada em medicina veterinária e faz evento para complementar a renda nas horas vagas. Aproveita enquanto é jovem e bonita, e sabe que no futuro, quando não for mais possível trabalhar neste meio, irá voltar para sua área de formação.

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