Durante a manhã desta segunda
(28) as mulheres ocuparam quase que por completo a plenária da Câmara de Rio
Branco para debater a respeito da problemática da violência contra a mulher na
capital.
Por meio de requerimento de
autoria da vereadora Lene Petecão (PSD), a semana no parlamento municipal
começou com uma audiência publica para debater a temática da violência contra a
mulher e as politicas publicas no ano em que a Lei Maria da Penha completa onze
anos. Para vereadora Lene Petecão, a mulher hoje está com poder nas mãos.
“Durante anos a mulher viveu
submissa e sofrendo em silêncio, hoje ela está com o poder na mão, pois quando
um homem a agride, ele não é mais só um agressor, mas um criminoso, pois a lei
vem para condenar e julgar quem pratica violência, mesmo com a demora dos
julgamentos”, disse Lene.
Recentemente a vereadora Elzinha
Mendonça (PDT), que é presidente da Comissão da Mulher da Câmara apresentou o
Projeto de Lei que institui a divulgação do disque denuncia 180 e que haja
atendimento local para destinar as vitimas aos órgãos competentes.
“Não somos mais um sexo frágil e
nem permitir que nos calem por uma questão de ego, machismo ou qualquer outro
problema que faça o homem descontar suas frustrações na mulher. Hoje somos
minoria na casa, mas somos a maioria para tomarmos uma atitude e mudarmos a
realidade de nossas vidas. Vamos levar ao conhecimento de todas os seus
direitos”, enfatizou Elzinha.
Para a promotora Dulci Helena da
décima terceira promotoria de justiça criminal especializada no combate à
violência doméstica e familiar contra a mulher, devido a grande demanda do
judiciário e denuncias feitas, alguns casos acabam sem solução pela burocracia
das instituições.
“Desde que a lei surgiu para
defender a mulher, cresceu a demanda de vitimas que deixaram seu silêncio de
lado e passaram a denunciar. Lamentavelmente algumas burocracias acabam
atrapalhando o julgamento dos casos. Pensando nisso, o ministério publico e o
tribunal de justiça criaram o mutirão destinado a não permitir que prescrevam
as penalidades e buscamos solucionar tudo em tempo hábil. E lembramos que a
mulher jamais deve se calar diante de qualquer ato contra ela”, destacou Dulci.
O presidente do Sindicato dos
Jornalistas do Estado do Acre, Victor Augusto de Farias, destacou que é
necessário apresentar casos de sucesso e motivar outras mulheres a reconhecerem
seus direitos.
“Precisamos passar a trabalhar o
lado positivo de algo que é de interesse de todos e não somente das mulheres.
Precisamos de uma sociedade justa e igualitária. Precisamos expor nossos grupos
de ajuda, pois só trabalhamos o nosso meio e esquecemos o coletivo. Proponho
até que as instituições formem um comitê de combate a essas praticas e leve as
mudanças que mulheres deram as suas vidas após vencer o medo e o silêncio”,
frisou Victor.
Participaram da discussão,
vereadores da capital, ministério publico, secretaria de mulheres, sindicato
dos jornalistas, entre ativistas e outras autoridades.
Assessoria CMRB
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