A deputada estadual Eliane Sinhasique (PMDB) utilizou a tribuna da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), na manhã desta quarta-feira (05), para relatar a situação dos professores provisórios que atuam na zona rural do Estado, que além de estarem com os salários atrasados, trabalham em péssimas condições.
“Salários atrasados na zona rural é de estarrecer. No ramal do ouro, por exemplo, os professores provisórios que assinaram contrato em 2015, até a semana passada não haviam recebido os seus salários. A situação da Educação é mais grave do que se possa imaginar”, disse.
Eliane afirma que na Escola Novo Andirá, no PA Tocantins, no Km 08 de Porto Acre, os funcionários reclamam do atraso nos salários e da péssima qualidade da merenda escolar. “De cinco quilos de carne, enviados pela Secretaria de Educação, apenas dois ou menos são aproveitados, o que sobra é pele”, criticou.
Outra crítica da deputada é quanto à falta de acesso dos professores ao contrato. “A Secretaria de Educação não dá cópia do contrato para os professores. Por que é que a Secretária não permite que os professores tenham também uma cópia desse contrato?”, questionou.
Condições
Segundo relatos da parlamentar, as escolas possuem instalações totalmente deficientes. A Escola Estadual Rural São Pedro, localizada no Ramal do Ouro, na Floresta Estadual do Antimary, na Zona Rural de Sena Madureira, não possui rede elétrica, nem hidráulica, por conta disso os banheiros da escola não funcionam e as crianças estudam no calor.
Preocupada com essa situação, Sinhasique fez um apelo: “É preciso que o Governo olhe para a educação como um todo, não só para a questão salarial, mas para as questões estruturais, para que os nossos professores tenham melhores condições de trabalho e os nossos alunos possam aprender”.
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