Em recente ida as compras no Araújo do Aviário (olha o jabá!), como
de costume tenho o hábito de ir cumprimentar a gata da dona Tucha,
senhora que tem uma banca de tapiocas deliciosas naquele local. Desta
vez não seria diferente, afinal, ela é meu maior termômetro de que
escrevo bobeiras ou coisas interessantes.
Para minha surpresa ela me abarca no meio dos peitos que preciso
arrumar um amor, pois ando muito sentimental e aparentemente carente.
Quem me dera não revelar que este jovem escriba também é um habitante de
carenciolândia.
Prontamente respondo que já estava amando, na verdade conhecendo uma
pequena de olhos escuros, cabelos pretinhos, de mais ou menos 1,65 e que
tinha um belo sorriso. Parei por alguns minutos e pensei em todas as
experiências até ali vividas e descobri que queria matar o Leoni e a
“fórmula do amor”. Cômico este pensamento, mas nada como as experiências
para nos impulsionar para frente.
Mas um questionamento é certo, como é que se esquece uma pessoa que se ama?
Óbvio, a pessoa foi embora, o tal do amor acaba principalmente da parte do outro lado, desalmada!
Há quem diga que um amor só se cura com outro. No que caímos em outra
pergunta: mas como arrumar outro se o anterior não nos deixa nem dormir
direito, como se fosse um carnê atrasado com todas as prestações da
existência?
Se tal farsa existisse, a lei de: a fila anda. Não teríamos tantos
loucos aprisionando mulheres por ciúmes ou medo de pegar aquilo que mais
se distribuiu com os eternos amores anteriores, os famosos chifres.
Há quem aposte em uma viagem exótica a um país, como o livro e filme
Comer, Rezar e Amar. Nem fui muito longe, bastou ir até o parque do
Tucumã para encontrar uma pessoa bacana e super divertida. Dona Tucha e
sua tapioca do loves forever.
Se essa aposta não chegar a render bons frutos, nada como correr até o
Bar do Capebá, ali na biqueira de casa e pedir que desça aquela velha
receita cura cotovelo: um tubo de Pitú e um Genival Santos bem alto -
“Eu hoje quebro essa mesa/se meu amor não chegar…”
Uns resolvem se enfiar no trabalho, como se houvesse alguma dignidade
nisso. Há quem se entupa de tarja preta de estima. Nessa grave hora,
descrentes jogam suas fichas e dízimos no conforto das religiões. Uns
viram fanáticos e juram-se curados. Acontece.
Há quem vá ao pai-de-santo e há quem procure os caminhos do
orientalismo. Eu sempre busco minha conselheira espiritual alfa e
psicóloga B. L.
Parafraseando Xico Sá: tome leite de magnésia, pois o amor seria
apenas uma questão de prisão de ventre, não aquela batedeira de coração
que você estava sentindo.
Dona Tucha, não desisti do amor, mas estou vivendo alegremente por
onde ele passou, uma hora a gente se encontra. Até lá vamos aproveitando
os belos pôr do sol que nós é oferecido. Só não vale desistir do Love
Story!
* Victor Augusto (Bombomzão) é jornalista
Email: Victor.ojornalista@gmail.com Twitter: @bombomzao
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