“...De manhã muito cedin/Vi meu mano levantar/Acender o candeeiro/Começou a se arrumar/Me dizendo bem baixin/Mano eu vou viajar/Tu toma conta de mãe/Diz pra ela não chorar...”
Assim inicia uma das maiores e mais famosas músicas de autoria e composição do velho mestre sanfoneiro, Luiz Gonzaga ao escrever um pouco sobre a realidade da maioria dos jovens trabalhadores que tem essa forte ligação com a família, principalmente com a maior chefe da casa, a mãe.
Você deve está estranhando o motivo desse artigo, mas nada mais justo que uma singela homenagem aquela que tambem foi minha mãe, me permitindo chegar até onde cheguei, muito obrigado dona Almira Coêlho!
Nascida na cidade de Tarauacá, Vale do Juruá. Foi professora do Ex- Território Federal do Acre, exerceu diversos cargos na Escola Cel. Hipólito Silva, hoje escola de 1º grau Manoel Rodrigues de Farias, onde trabalhou durante 10 anos dedicados a educação de crianças, jovens e adultos, no município de Jordão.
Mudou-se para o município de Tarauacá, on-de lecionou durante 11 anos na escola João Ribeiro. Nesses tempos de eleições recordo-me que meus pais me contam, que ela exerceu o cargo de vereadora, na Câmara Municipal de Tarauacá, onde se destacou defendendo a melhoria da educação e bem-estar social do povo tarauacaense.
Aos 63 anos de idade, foi transferida no mês de agosto para a cidade de São Paulo, vindo a falecer no dia 25 de setembro de 1996.
Deixou um legado inesquecível de educação familiar, honestidade, respeito, trabalho e sólidas amizades, tanto na Vila Jordão, Tarauacá e Rio Branco, onde gozava de um grande prestígio pessoal e familiar perante às pessoas e autoridades que a conheciam.
Foi verdadeiramente um exemplo de filha, esposa, MÃE, política e acima de tudo educadora. Obrigado por todo esse legado minha avó. Com você aprendi a lutar por aquilo que é justo que seja de bem comum para todo. Uma das músicas que ela gostava muito e até hoje reproduzo esse gosto, é aquela marchinha de carnaval tão bem cantada pelo também saudoso Geraldo Leite.
“...Eu quero é botar meu bloco na rua/ Brincar, botar pra gemer/Eu quero é botar meu bloco na rua/Gingar, pra dar e vender...” dezesseis anos se passaram e muita saudade ficou. Te amaremos eternamente!
0 Comentários