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Vestida para matar

Estava sentado em minha mesa de trabalho, realizando minhas tarefas habituais neste matutino, quando sou raptado para uma conversa entre as cats LM, MM e PM sobre o que vestir para sair. Assunto formidável e inspirador para um artigo, então vamos lá.

O que fazer enquanto a sua fofolete, sua costela, sua fêmea, mulher, amante, namorada ou lance é um lance se arrumam para sair?

Aí está uma das grandes questões da humanidade. Sorte tinha o velho Adão, que pegou o mundo ainda sem muitas opções de vestimentas (oh vontade),ainda livre da praga da indústria fashion.

Mesmo assim, Eva demorava horrores para escolher a parreira mais fresca, a mais enfeitada, aquela com detalhes e nervuras que lembram a costura La-croix, o babado Valentino, os usos & costumes Galliano... Que nem Hugo Gloss criticaria.

O que fazer enquanto ela põe roupa e tira roupa, mulher alterada, doida demais, peça por peça do armário? E eu contando quantas lajotas tinha a cada metro quadrado da sala dela. 

Com que roupa eu vou, pro restaurante, pro churrasco, pro for all, pro rock, pra house ou pro tecno que você me convidou? E nem sou chegado em tuts-tuts-tuts...

Põe e tira, vai ao espelho, pede a sua opinião... Liga para pedir a opinião do amigo gay afinal de contas você, velho macho alfa do bairro da Estação Experimental, não entende nada dessas modas & modinhas, volta ao espelho, muda só a parte de baixo, agora muda só a parte de cima, troca o brinco, o colar novo, “ah, esse não combina”... Me mande decifrar uma equação que eu tiro de letra.

Não adianta você dizer que está ótimo, dizer que nunca viu mulher tão linda, dizer que nunca a viu tão deusa, dizer que é a mulher da sua vida, a que se veste melhor, a que está horrivelmente saborosa, a de gosto estupendo, a mais francesa das francesas, a bonequinha de luxo posando na frente da Maria Mariá, da Audrey das Audreys, Catharenin Deneveuve, Anne Hathaway...

De nada adianta. Ficamos falando sozinhos nesse momento ímpar do mulherio.

O que fazer? Então, eu resolvo apelar para as propagandas, pode ser? Pode! E corro o risco de levar um: “Você não tem opinião para me ajudar?”

Relax, meu jovemzitorito, relax,  caro carcará, tranqüilidade, cabrón. Como não tem remédio e nem nunca terá, o jeito é retomar tempo perdido a nosso favor. Já sai mulheres que demoravam o tempo de um jogo de futebol com prorrogação e morte súbita para escolher a “roupa certa”, enquanto eu esperava só uns minutinhos.  Vi decisões de campeonato graças às dúvidas fashion da costela amada, e nem chegado em futebol (exceto o coringão que é lideroso). Gracias.

Escritores, como Mário Lago, Nelson Rodrigues e Arnaldo Jabor, deixam grandes obras graças às demoras das “pa-troas”. O ator Sean Conory agradeceu publicamente à sua mulher por deixar-lhe livre para criar ótimos personagens nestes intervalos. Os exemplos são muitos. Eu adoro as que tem filhos, pois volto à infância e monto castelos e castelos de legos, isso quando não treino tiro ao alvo no quintal da casa dela, onde passam os gatos da velha vizinha viúva.

E quando ela, além da dúvida da roupa, diz que está gorda?  Aí já é bronca demais para um único artigo. Fui e prefiro não comentar, fica para a próxima.

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1 Comentários

º..keka..º disse…
Nós não nos arrumamos para sim, sermos as MAIS belas, ou ao menos nos sentirmos... mas não pros homens, propriamente ditos, mas estufamos o peito ao lado deles, que é para aquela piriguete olhar e dizer 'putz, ele tá bem acompanhado' o que nunca dizem... nos soltam um palavrão mental, nos mandam pra longe das vistas delas, e paqueram nosso homem na cara de pau... srsrsrs

Adorei o texto!! ;*
Sucesso!!!!

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