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Arte em couro

Feijoense aprende a arte da selaria e se torna mestre na produção de artigos da moda country

Juracy Xangai

Acreano de Feijó, Francisco Freire Rodrigues, o “Lourinho”, cedo aventurou-se pelo mundo trabalhando aqui e acolá nas mais diversas tarefas até que em Acrelândia conheceu um rapaz de Mato Grosso que trabalhava em couro todo tipo de selaria e utensílios desse material.

“Achei aquele trabalho muito bonito e pedi a ele para trabalhar ali aprendendo a arte da selaria. Não é um serviço fácil, exige força, atenção e bom gosto para satisfazer os clientes, mas gostei muito de trabalhar em couro e decidi me dedicar a esse ofício”, explica Lourinho que há quatro anos montou em Senador Guiomard a Selaria Tuff Moda Country que agora gera dois empregos diretos, mas no verão quando há mais saída de seus produtos chega a empregar seis pessoas na confecção dos trabalhos.

São selas para todos os gostos e bolsos, cabeçadas, arreios, capas para facas, canivetes, bolsas, cintos, jaquetas, calças de couro para trabalho ou apresentação em rodeios, além de botas, coturnos e botinas para trabalho. Na lojinha da selaria também estão à venda roupas, chapéus e os mais variados acessórios da moda country vindos de todo país para enfeitar tanto peões e amazonas quanto seus animais.

Ossos do ofício
Num estado em que a pecuária se destaca como principal atividade econômica do setor produtivo, serviço é o que não falta para Lourinho e seus aprendizes, mas para realizá-los precisou-se organizar para garantir matéria prima necessária ao ofício.

“Embora tenha muito gado no Acre, o último curtume fechou, por isso preciso pedir couro de fora. A maior parte vem de minas Gerais, já as peças coloridas e de fantasia com pinturas especiais mando vir de São Paulo. Tudo o que a gente não consegue fazer aqui na oficina precisa vir de fora, são argolas, acessórios para as selas, arriatas, bolas e jaquetas. A gente sua material inoxidável para garantir maior durabilidade aos nossos produtos”, explica Lourinho.

Outro desafio constante é o preparo da mão de obra. Isto porque trabalhando só Lourinho não conseguiria dar conta de tantas encomendas, então ele treina seus aprendizes. “Este não é um trabalho difícil, mas exige muita dedicação, é preciso atenção a cada detalhe e dominar várias artes que vão do corte ao desenho, costura, trançado e saber tecer formando desenhos bonitos. É uma arte que a gente vai dominando aos poucos, aprendendo um pouco mais a cada dia é uma escola que não tem fim!”

Animado com os resultados da Selaria Tuff Moda Country Lourinho buscou a unidade de orientação empresarial do Sebrae para receber ajuda na ampliação do negócio e para melhorar ainda mais a qualidade de seus produtos. “Estou precisando comprar mais duas máquinas de costura e uma de corte para poder ampliar nossa produção, especialmente de bolsas e botinas. A orientação do Sebrae vem me ajudando a organizar melhor o negócio e a buscar representantes de venda para atender nossa região”.

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