Nas duas últimas semanas a especulação de se transformar a
Secretaria de Estado de Empreendedorismo e Turismo (Seet) em departamento que
seria incorporado a Secretaria de Estado de Industria, Comércio e Tecnologia (Seict)
acendeu o alerta no trade turístico acreano.
Empresários de agências de viagens, restaurantes, hotéis,
conselhos de turismo estadual e municipal se reuniram com turismólogo e guias
de turismo para discutir a proposta de diminuir a importância da secretaria em
departamento por se tratar de uma decisão unilateral, sem passar pelos
conselhos como determina a legislação.
Para o presidente do Conselho Estadual de Turismo (Conetur) Rizomar
Araújo, o governo não estará respeitando a legislação e desrespeitando todo um
segmento que tem crescido e passou a se demonstrar mais consolidado nos últimos
seis meses.
“O governo precisa discutir esse tido de decisão, pois
existem regras e um rito a ser cumprido. Caso ele demonstre que não existe
abertura para o diálogo, nós precisaremos tomar as medidas cabíveis. Não justifica
diminuir a importância da secretaria que durante a pandemia com o turismo de negócio,
manteve empregos e ainda movimentou cerca de cinco milhões de reais, ele mesmo
assinou um termo de compromisso de incentivo ao turismo em evento no Peru, onde
foi muito elogiado”, disse Rizomar.
A gestão governamental aparentemente não tem acompanhado o próprio
trabalho, pois o Acre tem sido referência nacional no trabalho do Turismo de
Base Comunitária (TBC) e que poderia impactar nos cinco planos já consolidados
como na região do Juruá, colocando em retrocesso até mesmo o mapa turístico do
estado, composto por treze municípios.
O assunto chegou até as comunidades que passaram a se preocupar, pois isso se tornaria um impacto negativo para o desenvolvimentos do turismo, onde eles já desenvolvem e estão à frente das demais regiões.
Já o empresário Thiago Higino recorda que já passaram três
secretários e nenhum dos antecessores ao atual deram continuidade, mesmo porque
não tinham know -how ou técnico em turismo.
“Embora o governador não tenha visto o crescimento do setor,
não significa que nós empresários e atuantes na grande indústria do turismo não
tenhamos vislumbrando e intensificado nossa atuação para conseguir suprir a
demanda crescente, que já acontece organicamente sem o incentivo do governo com
os secretários anteriores, o atual que no apagar das luzes fez a diferença,
mesmo se recurso, gasto pelos últimos três para enviar os técnicos para
participarem de eventos fazendo a promoção do turismo”, destacou Higino.