Saudações corinthianas meus amigos leitores, dei uma sumida do blog por motivos de trabalho e ainda estou trabalhando para apresentar um material super bacana para você!
Mas enquanto finalizo a série que estou montando a respeito
do turismo na região do Juruá do nosso querido Estado do Acre, vou compartilhar
os bastidores que ninguém vê ou sabe.
Fui para Cruzeiro do Sul de carona com a equipe da secretaria
de turismo, onde viajamos treze horas de ônibus para acompanhar a Expoacre
Juruá, onde também iria produzir as matérias a respeito do Croa e do Parque
Nacional da Serra do Divisor.
Lá pude viver grandes experiências incríveis, desde aventura,
gastronômica, troca de experiências e espiritual. Para chegar nos dois lugares
é preciso utilizar barco. Para chegar na Serra do Divisor foram oito horas
subindo o rio, onde encalhamos algumas vezes, mas tudo deu certo e passados dez
dias, já era hora de voltar e para chegar em Rio Branco ainda na sexta-feira,
corri para a rodoviária, onde consegui comprar a última passagem por conta de
uma desistência.
Corri na casa da minha amiga de infância onde havia deixado
parte das minhas coisas antes de entrar na mata, tomei um bom banho e a mãe
dela me deu um empurrão até a rodoviária novamente. Identifiquei minha bagagem
e embarquei logo.
Passados uns dez minutos senta uma senhora ao meu lado a quem
cumprimento e não me deu moral. Ela começa a bufar, fazer ligações e demonstrar
certo incomodo. É um senta levanta e ela reclama com o rapaz de nome Carlos, que
já havia comprado a passagem dela há um mês. Ele veio perto de mim, me olhou e
voltou respondendo a ela que não sabia quem havia comprado a outra poltrona,
ali entendi que o problema era comigo.
Depois de ele insistentemente pedir desculpas a ela e me
ofendendo indiretamente, a solução que apresentou a ela era que muda-se de
local até os donos chegarem. Na hora me deu vontade de levantar e confrontar os
dois para reivindicar meus direitos, assim como respeito. Mas logo me toquei
que se fizesse isso, essa desprezível senhora de nome Maria iria ter que ficar
ao meu lado de Cruzeiro do Sul até Rio Branco, ou seja, seriam treze horas
tolerando ela. Fingi demência e segui viagem até Tarauacá com dois lugares só
meus.
Na cidade de origem da minha família, subiu uma moça gente
boa, dona do lugar onde a criatura desagradável estava, ela sentou ao meu lado
e passamos a viagem conversando até Rio Branco, onde ela encontraria com alguém
que receberia a farda da polícia militar. Moral da história, se eu vou atrás da
minha razão eu iria arrumar uma perturbação do meu lado, fingi demência e só
cheguei cansado. Nem sempre abrir mão da razão é significado de perca, mas um
passo para a vitória e paz.
Com relação ao preconceito da mulher, lamento por ela ser tão
pobre de espirito, de amor, de sabedoria em respeitar as diferenças, assim como
despreparo do funcionário da Transacreana que esquece que ao vestir a farda,
ele é a representação da empresa. Segunda sento com meu advogado e vejo que
providencias tomar.
Você deve achar que estou sendo muito radical, mas precisamos
barrar esse tipo de desrespeito com os outros. Se eu que tenho a instrução por
ser jornalista e acadêmico de direito fui tratado assim, quem me garante que
uma pessoa sem instrução vai saber se defender. Errado estaria se ficasse
quieto e deixa-se isso se perpetuar.