O primeiro a utilizar a tribuna da Câmara de Rio Branco na
manhã desta quarta, 09, foi o vereador Carlos Juruna (PHS) e não estava nada
satisfeito com o ocorrido na terça, quando deveria ter assumido a prefeitura.
Na semana passada, a prefeita de Rio Branco, Socorro Neri
(PSB), comunicou a Câmara de vereadores, que estaria fora da cidade do dia 05
ao dia 08, pois estaria participando de uma reunião com prefeitos de outras
cidades no Estado do Rio de Janeiro.
Como a prefeita não possui um vice, quem assumiria a cadeira
do executivo, seria o presidente da Câmara, que também não pode assumir por
estar fora do estado, assim como o seu vice-presidente e o primeiro secretário,
cabendo ao segundo secretário da mesa, vereador Juruna a assumir o cargo e
Elzinha Mendonça a presidência.
Mas não foi assim o ocorrido, ao que parece, tiraram de tempo
o vereador de assumir a prefeitura, passando por cima da Lei Orgânica do Município,
e quem passou a assumir o executivo, foi o secretário e chefe da casa civil de
Rio Branco, Márcio Oliveira.
Juruna subiu à tribuna e cobrou explicações de Socorro.
“Subo hoje para falar da sacanagem que fizeram comigo ontem,
um desrespeito. É por que sou índio e vim de origem humilde? O senhor Márcio
Oliveira se quiser assumir a prefeitura, que volte a ser candidato. Eu quero um posicionamento da Casa e da Procuradoria. O desrespeito que passei não quero que ocorra
com mais ninguém. Não estou fazendo questão do cargo, exijo o mínimo que é o
respeito ", desabafou Juruna.
Vereadores da base e oposição somaram apoio a Juruna. Vereador
do mesmo partido, Raimundo Neném (PHS), declarou-se solidário e que apoiaria a
decisão do colega.
“Não é porque somos da base que permitiremos esse tipo de destrato
com o vereador Juruna ou qualquer outro. Esse um rito normal e se repetiram
outras vez durante o período eleitoral. Eu me solidarizo com o vereador e apoio
a decisão que ele passar a tomar com relação a esse episódio, se tivermos que
confrontar a prefeitura, nós iremos juntos”, declarou Neném.
O líder da prefeita, vereador Eduardo Farias (PCdoB) tentou
amenizar as coisas e propôs que se fizesse um diálogo com a prefeita e evitar
qualquer tido de confronte entre parlamento e executivo.
“Eu acredito que tenha ocorrido equívocos e uma certa
desatenção na troca de informações, sugiro que marquemos de conversar com a
prefeita, afim de evitar confronto desnecessário entre parlamento e executivo”,
disse Farias.
Uma reunião foi marcada para ocorrer com dos dezessete
vereadores e a prefeita após a sessão, e ao que tudo indica, o assunto ainda
vai render.
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