Os discursos feitos na tribuna durante
a sessão desta quinta (05) na Câmara Municipal de Rio Branco foram cheios de
palavras duras, cheias de indiretas e certo descontrole generalizado.
As alfinetadas começaram no
pequeno expediente, com a vereadora Lene Petecão (PSD) ao questionar o posicionamento
do presidente em exercício, Clézio Moreira (PSDB) ao se manifestar contra seus
colegas do bloco de oposição ao prefeito Marcus Alexandre (PT). O caldo foi
engrossando com as falas dos vereadores Roberto Duarte (PMDB) e N. Lima (DEM)
ao criticarem o líder do prefeito, Eduardo Farias (PCdoB) que acusou a oposição
de montar um “programa do Ratinho” no parlamento, mesmo não estando presente.
“Tem um vereador que lança todo
tipo de nome para me definir, mas não diz o meu nome na lata e acusa a mim e meus
colegas de tentarmos montar um circo ou um programa do Ratinho como ele sempre
fala na tribuna. Estamos para defender o interesse da população e questionamos
sim a maneira como foi montado o calendário de falas. Como que o grande expediente
só estava a situação e o presidente tenta nos inibir de falar?”, disse N. Lima.
Em sua fala, Clézio se defendeu e
disse que a CPI dos Transportes só saiu devido
sua assinatura e que ele não se escondeu como foi anunciado pela imprensa a
mando de alguns vereadores.
“Tentaram me prejudicar
anunciando na imprensa eu estava me escondendo e esquivando em assinar a
criação, mas fui eu que dei a validade, como já havia combinado com o Roberto
Duarte. Eu quero respeito comigo e não estou a serviço do prefeito como alguns
dizem aqui, eu voto de acordo com minha consciência e o que julgo ser bom para
nossa população. Como disse o vereador Rodrigo Forneck (PT) todos receberam o calendário
com antecedência e só decidiram reclamar ontem”, destacou Clézio.
O presidente só esqueceu de
combinar com Duarte a sua fala de hoje, pois no mesmo ato, Roberto desfez o
discurso de Clézio.
“Meu nobre colega se esquece e se
engana ao afirmar que a CPI só saiu graças a ele, ela só saiu do papel graças
as assinaturas dos demais parlamentares e agora tenta jogar a culpa em mim ou
nos outros. Reveja sua fala e ninguém foi a imprensa falar do senhor. Até o
trabalho dos profissionais da imprensa devem ser respeitado”, frisou Duarte.
A briga sobrou até para o
ex-presidente, Artêmio Costa (PSB).
“Eu enquanto servidor da Casa e responsável
pelo calendário de falas nunca aconteceu esse tipo de situação. Agora querem
atribuir a culpa aos funcionários desta Casa? Isso está errado. Nenhum funcionário
age com interferência politica, mas seguindo um regimento. A meu ver foi falta
de assunto da oposição, pois ela utilizou o pequeno expediente todo e a
situação não reclamou”, enfatizou Artêmio.
Depois dessa colocação a coisa
esquentou de vez. Lene rebateu as acusações de Artêmio.
“O senhor falta com a verdade
vereador, o senhor é o primeiro e parece que gosta de jogar areia no
ventilador, onde depois tira o corpo fora. O senhor quer jogar os funcionários contra
os vereadores e isso não permitiremos. Respeitamos os funcionários deste
parlamento como todos que aqui vem e trabalham. Pare de tentar fazer esse jogo”,
desabafou Lene.
A situação só foi controlada após
a vereadora Elzinha Mendonça (PDT) e a assessoria legislativa assumirem as rédeas
da situação para da continuidade ao expediente.
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