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Pelo cartão de milhagem sexual

Como diz o meu amigo mineiro Paulo Jacinto dos Reis, o Feijão, grande fotógrafo do cinema brasuca, o mal é que não temos cartão de milhagem. Não possuímos o nosso Macho-Smiles, o Amigo-Macho, Macho-Fidelidade, nosso Zé Mayer-Fly, nosso Peréio-Pass, nosso Jece Valadão-Trip ou algo do gênero. 

Isso significa, grosso modo, e ponha grosso modo nisso, que temos sempre que mostrar o melhor de nós. Seja em um encontro fortuito na escada da firma, seja na rotina do acasalamento. Temos que provar a cada dia, a cada oportunidade, mostrar serviço sempre, não adianta a soma ou o conjunto da obra, vale sempre a última performance do sujeito.  

É vai ou racha, tiro e queda, essa pobre dicotomia imediatista da existência. Estamos sempre como garotos suburbanos diante da “peneira”, teste único e fatal para entrar em um time de futebol. Seja para um Jabaquara, um Madureira, um Olaria, um Íbis ou em esquadrões como o Santos, o Chelsea, o Barcelona. 

Ao contrário do que nos permitem as companhias aéreas, as mulheres querem, quase sempre, resolver a vida ou obter uma provação a cada vôo ou jogo – para evitar dizer trepada, vocábulo bruto demais e selvagem no nosso entendimento de delicadezas.

É o medo do artilheiro diante da cobrança de pênalti. E ainda não entendo como pode existir, caro Sigmund Freud, a tal da inveja do pênis. Pensam que é fácil portar essa coisa externa que põe em risco a nossa credibilidade a cada transa? 

Reivindicamos, pois, caro Feijão, nosso cartão de milhagem. Nele acumularemos nossos pontos, aquelas nossas melhores e quase milagrosas transas. Sabem as noites em que somos incríveis Casanovas depois de muito champanhe com ostras? 

Ora, que considerem as nossas grandes jornadas e dêem um descontinho para aqueles dias em que não passamos de velhos DC-10 sucateados, sem manutenção, ferrugem na lataria, asas cortadas pelo tempo. Aqueles dias em que somos incapazes de uma ponte-aérea, ocasiões em que fazemos um barulho danado e não passamos de inoperantes teco-tecos. 

Isso tudo porque elas não consideram, enquanto acúmulo de milhas, repito, as noites Sex Machine, priapismo dos deuses. 

Na bagunça e no check-in do coração das moças, amigo, temos de provar sempre. Nada de cartão de milhagem. E diante de qualquer grave falha, já viu, abrem nossa caixa preta de segredos.
& Modinhas de fêmea

Oito em cada dez mulheres tiram as etiquetas com preços das roupas e acessórios para esconder o prejuízo dos homens, sejam namorados, amantes ou maridos. A paranóia foi comprovada por um levantamento do site Gocompare.com, do Reino Unido.
Não é que torrem a grana dos seus consortes. É culpa, consciência pesada, vergonha do custo dos bons luxos adquiridos no shopping. Você aí, amiga, já se pegou escondendo o custo do fetiche e das mercadorias?

texto de Xicó Sá

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