Quem sou eu? Eu...

Assumo que é bem difícil escrever sobre si mesmo. Porém, ao contrário do que muitos dizem acho que posso fazer isso melhor do que meus amigos, mesmo sabendo que um dia possa acreditar que tudo que está escrito aqui seja mentira.
Não sei dizer de onde sou. Nasci no Acre, sempre morei na capital, estudava, pois agora terminei a faculdade e agora estou torcendo para entrar na lista de avaliação para intercambio no Canadá. Algo que fiz escondido de todos e que só agora compartilho.
Sou uma pessoa feliz. Gosto de rir sem motivos, falo que está tudo ótimo por simples detalhes, que no fundo não são tão simples assim. Até minto para não acreditar que estou triste, e odeio odiar, mesmo que isso seja contraditório.
Procuro sempre conhecer pessoas novas, mas não espero que essas me compreendam a fundo. Na maioria das vezes sou fechado em relação a meus sentimentos e nem sempre gosto de expor tudo o que penso.
Bravo? Alguns têm essa impressão... Às vezes sério, pensativo, um bom ouvinte.
Prefiro prestar atenção a dar opiniões precipitadas. Porém não muito bravo.
Tímido? Pouco escandaloso, pouco despachado, pouco engraçado quando quero ser (e muito quando não quero), porém não tímido. Peço informações para estranhos, converso com todos, peço parabéns para quem não conheço no dia do meu aniversário, puxo assunto com vendedoras, discuto com quem acho que está errado, exijo meus direitos.
Chato? Odeio esperar, implico com coisas que me irritam, brigo com quem não gosto até sem motivos e saio de tênis mesmo sendo um evento que exige traje social... Tudo bem, chato eu sou.
Diferente? Outro dia me disseram isso, mas eu ainda não entendi o porquê.
Bastante otimista e insistente. Tudo se supera e nada vai piorar e se aquilo está ruim é porque algo bom vai acontecer (meu pai sempre diz isso). Ligo mil vezes para a mesma pessoa, toco a campainha até alguém atender e deixo no viva voz até ouvir um "alô".
Sempre corro atrás do que realmente quero, tanto para mim quanto para as pessoas que estão ao meu redor. Incansável e inconveniente.
Mediocridade me Cansa, futilidade me irrita e honestidade me comove.
Dizem que carrego o mundo nas costas. Preocupo-me com tudo, me preocupo com todos. Prefiro ver um sorriso no rosto dos outros do que me sentir bem, prefiro me dar mal a ver os outros mal.
Posso saber que muitas vezes não me dou bem por isso, posso saber que muitos usam e abusam de minha boa vontade. Mudar por causa disso? De jeito nenhum...
Aprendi à dar valor àqueles que gostam de mim e não ligar para aqueles que não gostam. Aprendi a me preocupar com aqueles que se preocupam comigo, mas não a deixar de lado aqueles que não se importam. Aprendi que se você está triste a solução não é procurar outras pessoas para te deixar feliz, mas sim, procurar deixar outras pessoas felizes - nada é tão eficaz. Aprendi a dar valor a amizade e tratar com prioridade quem merece minha atenção. Aprendi como dividir meus grupos de "amigos" no msn, entendi à quem recorrer em momentos de fraqueza e compreendi quem sempre estará ao meu lado - mesmo que seja à distância - e quem está apenas de passagem.
Estou cansado desse mundo onde aparência é tudo, onde o dinheiro determina o que somos, onde no meio da multidão não se acha ninguém. Só espero que pelo menos um dia, todo este meu cansaço sirva para alguma coisa...
Podem me chamar de bobo, ingênuo e inocente, podem querer me enganar e passar por cima de mim, mas mesmo assim vou continuar confiando nas pessoas!
Adoro gente misteriosa, difícil de desvendar e amo saber que estou enganado ao pensar que determinada pessoa nunca gostou de mim.
No momento confuso. Querendo ir embora, mas ao mesmo tempo ficar. Convivendo com gente nova, que se torna importante em um dia, mas vai embora em dois. Passando frio esperando o verão. Tentando lutar pelos meus interesses, que muitas vezes não sei quais são e às vezes me encontro tão perdido que sinto falta de quem eu sou.
Pretendo seguir a carreira diplomática. Difícil? Bastante... Mas é o que eu quero para minha vida! Para que países sonham em ir? Para o que precisar de mim!
É claro que quero uma casa enorme, um filho prodígio e uma mulher “perfeita”. Mas acredito em coisas que eu e somente eu posso determinar o que deve ser ou não bom para mim. Assim sou eu.