
Os dias do namoro parecem distantes, quase apagados, surgindo na cabeça e na mente como lembranças ligeiras, vez que outras muito vagas.
São os filhos que surgem, exigindo cuidados e atenções. É o trabalho profissional que pede o dobrado do empenho. São as tarefas domésticas, repetitivas e cansativas.
Com tudo isto, cada casal vai realizando o que lhe compete,como se fosse um robô. Nada que escape à rotina das horas e dos dias. Até o lazer do final de semana, as visitas aos pais de um e de outro seguem programação prévia, com dia e hora marcados.
Não é de admirar que os anos tragam para o aconchego do casal o tédio. Com ele, o desinteresse pelo outro, o relaxamento nas relações e a frieza. No entanto, essas relações duradouras, que completam bodas de prata, de ouro, temos que convir que é possível manter acesa a chama do amor, no transcorrer dos anos.
O amor pode ser comparado à delicada flor, que necessitada de cuidados constantes para não chegar o seu fim.
O romantismo que caracteriza o período do namoro deve ser mantido.
Importante não abandoná-lo à conta de conceitos como isto é para os jovens. Ou já passou o meu tempo.
Existem atitudes mínimas que dão um especial sabor e um quê de novidade ao relacionamento. Um telefonema, em plena tarde, inesperado, somente para indagar: Como passa minha gatona?
Levantar-se antes do outro, preparar uma bandeja com carinho e servir o café na cama. Quantas mulheres sonham com tal diferença! Um final de semana inédito. Por que não sair para um passeio a dois, redescobrindo a lua, contando estrelas, a ver se o bom Deus já não providenciou outras tantas, desde a época do namoro...

Surpreender o afeto com uma declaração de amor, uma observação gentil ao cabelo ou a roupa. Pequenas coisas. Quase insignificantes. Mas que fazem a grande diferença entre a rotina e o delicado e saboroso tempero do amor que nunca diminui.
Aproveitar as horas enquanto consigo seguir lado a lado com “meu amor” e falar sempre o que sinto, de como ela é importante em minha vida. Não permito que o tempo transcorra sem um gesto de carinho, uma palavra de ternura. Decido por reviver os dias do enamoro, sempre novos, uma descoberta constante do outro.
Não deixo para amanhã, nem programo para o dia do aniversário. Executo hoje, agora, enquanto é tempo, pois ninguém sabe à hora da partida, quando ficarão somente muitas palavras não ditas, muitos abraços não dados e uma saudade de tudo que não se demonstrou para o outro em afetividade, amor e dedicação.
Andreia Carvalho de Sousa, você se tornou a pessoa mais importante de minha vida, você é minha amiga, minha irmã que nunca tive ou desejei, minha enamorada, minha mãe, minha madrasta, minha avó sempre com o colo ao meu dispor (isso quando não me maltrata ou foge de mim), minha conselheira e minha, que ninguém nunca ouça isso, minha melhor amiga. Quando digo que minha casa é sua casa, ela é sempre mais sua do que minha independente do que for e se nos estranharmos.
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