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domingo, 23 de fevereiro de 2025

Das boas parcerias


A Lunayra Valdez é uma jornalista acreana, assim como eu. Tem sua paixão e manias acreanas de ser também. Cada um com seu regionalismo devido a localidade e influências de convívio. Mas com objetivos em comum como buscar conhecimento constante e esforço para superar o melhor que pode exercer.

Interessante como ela andou e frequentou basicamente os mesmos lugares e nunca nos enxergamos, somente depois de nos conhecermos por meio de uma apresentação formal que passamos a ligar os pontos que temos tanto em comum. Isso criou uma amizade de vidas passadas pelo curto espaço de tempo que a gente se “conhece”!

A emissora ganhou uma grande profissional e eu ganhei uma grande parceria que tem comprado minhas ideias e ajudado a transformar de uma maneira ainda mais impactante.

Faço esse registro como forma de agradecimento por essa amizade tão gostosa e que tem me ajudado a transformar conhecimento em algo em comum para quem acompanha o Norte Agro e as demais matérias na Tv Norte Acre.

Muito obrigado e estamos juntos nesse foguete que só segue subindo!

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

A vida tem dessas coisas


Oh deuses do destino, deusa Afrodite, se não era para ser, porque deixar esse singelo escriba gostar de uma costela da criação... se o amor é cego, o cupido no mínimo é míope ou deixou o estagiário perto das flexas da paixão.

Já disse a baiana Pitty “às vezes, se eu me distraio, Se eu não me vigio um instante, Me transporto pra perto de você, Já vi que não posso ficar tão solto, Me vem logo aquele cheiro, Que passa de você pra mim, Num fluxo perfeito”.

Quando a gente se apaixona fica besta demais, riso frouxo, pensamentos leves e um plano a dois com uma perspectiva de vida a começar na semana que vem. O reconhecimento está nos detalhes como frequentar os mesmos lugares, buscar as mesmas coisas, conhecer praticamente as mesmas pessoas e se admirar por não ter se conhecido antes.

O rei Roberto Carlos quase descreveu toda a razão dos suspiros longos na sua canção. A mulher que eu amo tem a pele branquinha que se destaca mais no entardecer, é bonita, é pequena e talvez me ama também. A mulher que eu amo tem tudo que eu quero
e até mais do que espero, encontrar em alguém.

Como coisa feita por olhares invejosos e que gostam de azucrinar a sorte no amor dos outros por serem infelizes com eles mesmos. Tudo mudou e o buque que planejava mandar murchou como nossa proximidade. Como um velho lutador no fim de carreira a beira da ladeira.

De repente a seleção musical chega no hit do Ritche e vem aquela clássica “Perdi a hora, mas encontrei você aqui/Desde aquela noite eu nunca mais me entendi/ Você levou meu coração e levou o meu olhar/Eu sigo cego e infeliz querendo te encontrar.

Como um dente dolorido e que fingimos nada sentir, sigo fingindo normalidade, mas querendo você aqui. A vida tem dessas coisas, se não foi hoje, amanhã quem sabe tenho você aqui.  

Agora era fatal / Que o faz de conta terminasse assim/ Pra lá deste quintal

Era uma noite que não tem mais fim.

Pois você/ Sumiu no mundo sem me avisar/ E agora eu era um louco a perguntar

O que é que a vida vai fazer de mim? 

 

Victor Augusto N. de Farias é jornalista, radialista, empresário, apresentador e acadêmico de direito.

sábado, 16 de novembro de 2024

Desabafo


Com toda modéstia do mundo, me considero um cara gente boa, esforçado e honesto, incapaz de sacanear mesmo os que me sacanearam. Mas se tem uma coisa que me tira do sério e a atitude babaca de gente que eu considero amigos e ficam com infantilidade e futilidade.

Eu vou atrás de saber o que aconteceu para tentar tirar a limpo ou corrigir algo que possa ter feito de errado.

A pessoa mente e como eu sei disso? Perguntando para os outros, dai de amigos descubro que virei um sacana na boca dos outros. Acredito que se estamos nesse nível, o melhor é cada um para o seu lado mesmo.

Por que estou escrevendo aqui? Como forma de externar meu sentimento de frustração e decepção com algumas pessoas. Porém faz parte da vida né?! Sigamos em frente!

domingo, 20 de outubro de 2024

Academia do amor


Quem diria que no lugar mais improvável como uma academia, um mal diagramado escriba chamaria atenção sem ser uma referência de localização geográfica dentro de um espaço de quatro paredes.

Pensando em reaver a boa forma ou reduzir a circunferência abdominal, decidi voltar a academia para os procedimentos de exercícios para ajudar a baixar a timba que há muito deixou de ser pochete para se tornar um mochilão de viagens.

E devo dizer que não fui em busca de outros focos, apenas diminuir a inflamação abdominal e pelo visto estava indo a lugares errados quando me propus a arrumar uma costela da criação. No cititur que estou realizando nas academias da mesma rede local, fui a uma que pouca gente estava lá e como diz o ditado um olho no peixe e outro no ganho, neste caso a gata.

Enquanto fingia não sentir dor ao usar os aparelhos, duas jovens de curvas perigosas estacionaram logo mais à minha frente, uma passava a mão e outro cabron que acredito ser seu e a outra graciosamente me mostrava toda sua beleza corporal, enquanto a roupa me detalhava cada linha escultural. Fingi também não olhar enquanto ela me olhava, pois vivemos em tempos que olhares podem ofender.

Me dirigi até minha amiga para mexer com ela e usar como desculpa para passar perto da moça. E para minha surpresa, não é que eu também estava sendo analisado. Assim me confirmou minha amiga, que tentou me alertar, mas devido aos fones não a ouvi na hora.

E olha que coincidência, em tempos de redes sociais, eu sigo a moça e agora sei de quem se trata. Agora a pergunta que não quer calar, “Além de Deus, quem mais toma de conta dela?”. Sigamos firmes na academia para quem sabe esbarrar novamente nessas oportunidades que o amor deixa a circular pelos caminhos improváveis.

 

Victor Augusto N. de Farias é jornalista, radialista, rotariano, acadêmico de direito, apresentador e empresário.

sexta-feira, 11 de outubro de 2024

Dormência institucional


O ano de 2024 tem sido uma extensão de 2023, onde no início vivemos uma grande cheia do Rio Acre e no segundo semestre uma seca extrema com altas temperaturas. Rios em cidades do interior secaram, onde seus leitos tornaram-se estradas.

Durante os meses de agosto e setembro vivenciamos uma grande poluição do ar, consequência das queimadas e falta de fiscalização mais eficiente. Esse fato foi presenciado em 2005, mas não a mesma intensidade.

Na produção um prejuízo ainda maior, pois o pouco que restou e não foi perdido para a alagação de áreas atingidas pelo Rio Acre, frutas e outros alimentos ferviam e apodreciam ainda no pé das plantações.

No último dia quatro de outubro, a capital acreana recebeu uma chuva após quase quarenta dias sem cair uma gota d’água. Mesmo com a chuva forte e intensa, ainda era possível notar a presença forte da fumaça das queimadas. A visibilidade que era de trinta metros chegou a quase dez.

Devido a grande quantidade de particular e poluição do ar, gerou-se outro fenômeno conhecido como “chuva preta”. A água que era aparada em baldes, caixas d’água e piscina ficaram pretas.

Moradores da região do Quixadá, distante há quinze quilômetros do centro da cidade, registraram diversos peixes mortos nas margens do rio. Mas somente na quarta-feira da semana seguinte, secretarias e órgãos ambientais se uniram para fazer o levantamento da possibilidade de envenenamento.

Se comprovado o envenenamento da aguas, pessoas e animais foram contaminas e o alerta chegou de forma tardia. Colocando ribeirinhos e população em geral em risco, pois o Rio Acre é a principal fonte de abastecimento de várias cidades acreanas.

Coletivas foram anunciadas para dizer que vão ser apurados os fatos e que os resultados devem ser apresentados em dez dias. Nossas autoridades precisam melhor sua atuação, só saem da própria dormência quando também estão no foco do risco coletivo.

sábado, 17 de agosto de 2024

Morre o homem do baú e patrão do SBT


Durante toda essa semana na redação da Tv Norte Acre, falávamos sobre o material que faríamos para celebrar os 43 anos do SBT.

Discutimos lembranças pessoais e matérias a serem produzidas para irem ao ar na segunda-feira (19). Como minhas contribuições propus fazer um VT com minha tia mais velha para relembrar as tardes da minha avó que não perdia a programação e principalmente os sorteios da Telesena.

Também lembrei que desde pequeno tinha uma relação com a emissora mais feliz do Brasil por sempre valorizar as crianças, que eu acordava na madrugada para assistir (nem sempre com a TV baixa para não acordar meus pais) os Thundercats que hora passava no “programa do Bozo” ou na “Vovó Mafalda”.

Já formado e como profissional passei a olhar meio de lado para o canal por conta da antiga emissora. Visão essa que mudou quando o Grupo Norte de Comunicação passou a assumir o sinal.


Já tive experiências e testes em outras tvs locais, onde a resposta era praticamente a mesmo, não tinha perfil para apresentador devido meu peso. Isso internalizei e acreditei até que um dia o diretor da Tv Norte Acre me disse que eu deveria aproveitar a oportunidade para crescer na ausência do apresentador titular.

O universo parece ter ouvido ou conspirado tudo a favor, e precisei apresentar o jornal durante três dias que o colega na época passou mal. O negócio rolou tão tranquilo que passei a ser quase presente durante toda a programação e atualmente estou à frente de um programa próprio. E sou muito grato!

Mas na vida a gente nem sempre acerta no planejado, pois fora da curva e do combinado, somos surpreendidos em pleno sábado (17) pela notícia da morte de Silvio Santos, o ícone da comunicação nacional.


Entre tantas mensagens expostas pelas falar e compartilhamento de história do Silvio Santos, foi a de que se não me derem a oportunidade, eu as farei para mim, assim como ele fez com a criação do SBT.

Sbtistas de todo o mundo, sejamos como o bordão de todos os domingos do programa Silvio Santos “dessa vida não se leva nada, vamos sorri e cantar”! Obrigado Grupo Norte! Obrigado SBT Acre!

 

domingo, 7 de julho de 2024

Saudade de um amor de São João


Ah, as festas juninas! Tempo de quadrilhas, fogueiras, balões e, claro, desilusões amorosas que queimam mais que qualquer rojão. Nessa temporada festiva, o coração vira balão de gás hélio, flutuando alto com promessas de amor eterno, só para ser estourado com um alfinete afiado de realidade.

Nas noites frias de junho, a gente se aquece ao redor da fogueira, mas o calor que realmente procuramos é o de um abraço apaixonado. Entre uma dança e outra, trocamos olhares tímidos, sorrisos marotos e, quem sabe, até um beijo roubado. Mas cuidado! Assim como a fogueira, essas paixões de São João podem arder intensamente e, de repente, se apagarem, deixando apenas cinzas e lembranças.

Quem nunca se encantou por alguém ao som da sanfona, no meio de uma quadrilha bem animada? É nesse cenário que os corações desavisados se encontram, e os olhos brilham mais que os fogos de artifício. O problema é que, assim como as bandeirinhas coloridas que enfeitam o arraial, esses amores são efêmeros. Duram uma noite, um fim de semana, e depois se desmancham como um bolo de milho mal feito.

E quando vem a desilusão? Ah, essa dói mais que um tropeço no caminho da roça. A gente fica ali, olhando para a fogueira que já foi vibrante e agora não passa de brasas moribundas, refletindo sobre o amor que parecia promissor, mas que se perdeu na dança dos compromissos e no passo-torto das expectativas.

Há quem diga que a magia das festas juninas está justamente nessa efemeridade, nesse sabor agridoce de um amor que nasce e morre sob o mesmo céu estrelado. Afinal, é nas quadrilhas da vida que aprendemos a cair e levantar, a rir e chorar, a amar e desapegar. Cada passo em falso, cada descompasso do coração, nos ensina um pouco mais sobre nós mesmos e sobre o outro.

Mas quem disse que é fácil? Coração partido é coração partido, não importa quantas bandeirinhas enfeitem o céu. A dor é real, e a saudade também. Saudade do cheiro de milho assado, do toque suave da mão no meio da dança, do som do riso compartilhado no meio da festa. Saudade de um amor que se foi tão rápido quanto veio, deixando um gosto de quero mais.

Então, nas próximas festas juninas, vamos nos preparar para o que vier. Para os amores que acendem e apagam, para as paixões que nos fazem flutuar e depois nos derrubam de volta à terra. Porque, no final das contas, é disso que são feitas as melhores histórias de São João: de corações partidos, de amores impossíveis, de desilusões que se transformam em memórias inesquecíveis.

E quem sabe, entre uma quadrilha e outra, não encontramos um amor que dure mais que a festa? Afinal, se há uma coisa que aprendemos com as festas juninas, é que o próximo arrasta-pé sempre traz novas possibilidades, novos olhares, e quem sabe, uma nova chama para aquecer nosso coração.


Victor Augusto N. de Farias é jornalista, radialista, acadêmico de direito, rotariano, empresário e apresentador do Norte Agro (Acre).

segunda-feira, 3 de junho de 2024

Falta de Visão Empreendedora Compromete Potencial do Turismo de Negócios no Acre


O Acre, com sua rica biodiversidade e cultura única, possui um potencial ainda não totalmente explorado no setor de turismo de negócios. A falta de visão empreendedora dos locais tem se mostrado um obstáculo significativo para o desenvolvimento dessa vertente turística, que poderia alavancar a economia regional e posicionar o estado como um destino relevante para eventos corporativos e conferências.

Potencial Desperdiçado

O turismo de negócios é um segmento que movimenta bilhões de dólares anualmente no Brasil, mas no Acre, essa oportunidade parece passar despercebida. Com infraestruturas modestas e pouca promoção das capacidades locais, o estado perde espaço para outras regiões que investem estrategicamente nesse setor. Enquanto cidades como São Paulo e Brasília atraem grandes conferências e eventos internacionais, o Acre permanece à margem, muitas vezes ignorado por organizadores de eventos e empresas.

Desafios e Oportunidades

Entre os principais desafios enfrentados estão a falta de infraestrutura adequada, como centros de convenções modernos e hotéis de grande porte, além da escassa divulgação das potencialidades do estado. A capital, Rio Branco, carece de espaços multifuncionais que possam sediar eventos de grande escala. Adicionalmente, a ausência de voos diretos para a maioria das capitais brasileiras dificulta o acesso e eleva os custos para empresas que consideram o Acre como destino.

Apesar das dificuldades, as oportunidades são vastas. A riqueza cultural e a proximidade com a floresta amazônica oferecem um cenário único que pode ser explorado para eventos corporativos que busquem aliar negócios a experiências diferenciadas. Projetos de ecoturismo corporativo, por exemplo, poderiam atrair empresas interessadas em oferecer experiências de imersão na natureza a seus colaboradores, unindo capacitação e conscientização ambiental.

Falta de Iniciativa Local

A falta de visão empreendedora local também se reflete na escassez de iniciativas voltadas para a capacitação de profissionais do setor. Cursos de especialização em gestão de eventos, hospitalidade e marketing turístico são essenciais para preparar os acreanos a competirem em pé de igualdade com outras regiões. Sem esses investimentos em qualificação, a mão de obra local fica aquém das exigências do mercado, perpetuando o ciclo de subdesenvolvimento.

Exemplos a Serem Seguidos

Estados como Amazonas e Mato Grosso, que possuem características similares ao Acre, têm investido pesadamente na promoção de suas capacidades para o turismo de negócios. Manaus, por exemplo, transformou-se em um importante polo de eventos, alavancado por investimentos em infraestrutura e uma política agressiva de captação de eventos. Essas regiões demonstram que, com uma estratégia bem definida e investimentos direcionados, é possível transformar desafios em oportunidades.

Conclusão

A falta de visão empreendedora no Acre é um entrave significativo para o desenvolvimento do turismo de negócios. Para mudar esse cenário, é essencial que líderes locais, empresários e o governo se unam em um esforço conjunto para modernizar a infraestrutura, promover a capacitação profissional e divulgar as potencialidades do estado. Apenas com uma visão estratégica e investimentos consistentes o Acre poderá se posicionar como um destino relevante para o turismo de negócios, colhendo os frutos de um mercado em franca expansão.

quarta-feira, 6 de março de 2024

O toco da maromba


Todos nós passamos a descobrir as primeiras emoções do coração e enxerimento nos anos escolares que se aprimoram a cada elevação de série e aperfeiçoadas da faculdade para a vida.

 

Tem cabra que se engraça com sua costela da criação no ensino médio e podem ser levados para a vida. Este jovem escriba se encaixa nesses quesitos, porém não como os colegas que seguiram as etapas de se conhecerem no colégio, namorar no ensino médio, casar no tempo de faculdade e separar anos após formarem suas famílias e se juntarem com outras companhias.

 

Este mal diagramado Don Juan conheceu suas paixões no colégio e só depois de formado foi atrás da sua costela. Ledo engano quem achar que ele encontrou. A cada nova tentativa de cacho com as donzelas, o nível de dificuldade cresce.

 

Para aliviar a dor da rejeição a cada noves fora, nada melhor do que a psicologia de bar ou uma boa amizade para as orelhas alugar. As inspirações e fantasias criadas a dois ainda não decolaram. Se a vida amorosa fosse uma academia, esse coração seria um marombado.

 

Mas após tantos bola fora, mudamos o ditado “quem eu quero não me quer, mas quem me quer agora eu pego mesmo”. Amar está arriscado demais, tanto que a venda de bolo do pote sumiu e as moçoilas migraram para as plataformas de conteúdo adulto ou amor pago.

 

Se amor está difícil, está aberta a temporada de amor pago! Fui!


Victor Augusto N. de Farias é jornalista, radialista, rotariano, fotografo e empresário.

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

A terceirização da responsabilidade


Dia desses assistia a um pronunciamento do Papa Francisco a respeito dos conflitos que o mundo vem vivendo e me coloquei a reflexão de que no tempo do Papa João Paulo II, bastaria uns bons gritos seguidos de carão para o mundo temer o castigo divino.

Mas com a mudança das coisas e das pessoas que passaram a atacar até as autoridades religiosas por outros seguimentos religiosos, que se enfraqueceu até a autoridade Eclesiastes. O princípio da religião e família tem ficado de lado, onde as famílias passam a responsabilidade para as instituições de ensino.

A violência se banalizou e não passou mais a chocar as pessoas, como a dos jovens que por meios de jogos eletrônicos vivem a violência contra personagens virtuais e agora passaram a praticar a agressão com outras pessoas no mundo real e parece que ninguém viu isso.

Se mata por discordar de ideologias políticas, por times de futebol, é filho matando pai e o contrário também, se mata como se fosse algo normal e isso não é. Assim como os conflitos que assistimos sem fazer nada. Por que não fazemos nada?  Não fazemos nada porque não tem a ver conosco?

Errado. Estamos todos errados, pois se não existe um responsável, a culpa passa a ser de todos nós que não tomamos providencias para acabar com o que tem gerado problema coletivo. Nos colocamos também em uma linha de inercia por medo de nos tornar vítima das circunstâncias e mesmo parados no nosso canto somos alcançados porque não fazemos nada.

Para acabar com as injustiças, fome, desigualdade social, pobreza e tantas coisas que vem assolando nosso mundo, precisamos reagir novamente, precisamos dá um passo inicial e não nos conformarmos com o errado que se estabeleceu como o normal.

Vamos resgatar os grupos de jovens e apoios sociais, vamos sair do nosso isolamento e ouvir os mais velhos, vamos ajudar nas tarefas domesticas, vamos despertar a consciência coletiva. Precisamos uns dos outros ou vamos retroceder cada vez mais. Basta de terceirizarmos a responsabilidade e vamos assumir o nosso papel na diferença.

 

Victor Augusto N. de Farias é jornalista, radialista, empresário, rotariano, fotografo, conselheiro de turismo e acadêmico de direito.

quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

A complexidade das relações


Não tem muito tempo que o mundo atravessou uma pandemia que quase devasta a humanidade por seus próprios erros e ignorâncias.

O mundo inteiro passou por um isolamento na tentativa de amenizar um drama coletivo que estava levando pessoas que conhecemos e amamos a morte. Com esse momento dentro de casa tivemos a oportunidade de aflorarmos as boas relações que a primeira instituição social que é a família.

Porém atravessamos um mundo epidêmico com a oportunidade de sermos melhores e no entanto algumas pessoas vivenciaram essa experiência de forma errada, doentia e agressiva. Tivemos a oportunidade de sermos melhores e voltamos piores.

Casais se desentendendo e “tentando” resolver na base da violência, filhos batendo em pais e até os novos genitores chegaram a extremidades de ceifar a vida dos filhos. Diante de tudo isso, muitos não resistiram e deram fim na sua jornada antes do tempo.

Já na coletividade passamos a ter relações ainda mais doentias, como causar a morte moral e profissional dos colegas ou “amigos”. Quem não se viu em situação semelhante a essa relatada neste texto, onde você se dedicou e confiou em pessoas com o objetivo de crescerem juntas até descobrir que elas queriam seu fim profissional, moral, interpessoal, só para validar a narrativa delas e para elas, na tentativa de cobrir uma incompetência delas diante dos fatos?!

É triste e até doloroso. Mas libertador quando nos redescobrimos mais fortes e que aqueles que tentavam te destruir pelo simples fato de você tentar ajuda-los. Hoje mais maduros com as relações, temos a sabedoria de tirarmos esses tipos de pessoas de nosso convívio e de tempo próximo a gente.

Vivi relações como essas pelo simples fato de respirar, já era algo que desagradava meus algozes. Tentaram me diminuir, eliminar profissionalmente. Enquanto na verdade me impulsionavam para voltar às origens. Como diz aquele ditado “tem males que vem para o bem”.

Sai da empresa que prestava serviço e me dedicava com esmero para voltar a cuidar da minha. A energia que gastava para elevar o nome de uma empresa que não era minha, passei a focar na minha com ainda mais amor e intensidade.

O mais admirável dos colegas que não me suportavam diariamente no convívio e ainda não me suportam esporadicamente, agora querem continuar sendo meus “amigos”. Que doença mais esquisita essa de querer destruir o outro, mas continuar uma “amizade”.

Das relações toxicas não devemos aceitar nada e nem doar nossa piedade que também é uma perca de tempo com quem só enxerga fazer o mal para os outros em benefício próprio.

Aos que tentam nos sacanear, só podemos agradecer pelo impulso que nos dão para passarmos a enxergar mais o nosso valor. Se fosse só por questão salarial é uma pena para eles, pois hoje ganho cinco vezes mais do que quanto trabalhávamos juntos e não sou obrigado a ouvir ninguém desmotivando ou envenenando os outros.

Sejamos bons porque somos e não sacanas porque foram conosco. A jornada é curta e vale aproveitar mais sorrindo do que lamentando.

 

 


Victor Augusto N. de Farias
é jornalista, radialista, empresário, rotariano, fotografo, conselheiro de turismo e acadêmico de direito.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

Entendimentos da produção


Na semana passada, a pauta que trabalhamos no Fala Amazônia foi sobre a produção de arroz no estado, mais especificamente em Rio Branco. Por coincidência a produção marcou entrevista com o produtor e também vereador Francisco Piaba. Conversando com ele entendemos as dificuldades de produção de escala a nível de Acre pela ausência de incentivos aos produtores e equipamentos para fortalecer o crescimento do setor. 

Também entendi que produtores estão se organizando para encontrar nomes que os
represente para da solução aos problemas existentes como escoamento da produção, além de outras demandas que acompanhamos diariamente nos jornais. Precisamos investir hoje para não pagar um preço ainda mais alto em pouco tempo.

Assista a matéria completa:


 

domingo, 31 de dezembro de 2023

Opinião: Entretenimento é busine$$


Camarote privado em espaço público: 
a privatização do réveillon de Rio Branco.


Hoje, 31 de dezembro de 2023, milhares de pessoas irão tomar de conta da Arena da floresta, o que acontece dessa vez é que diferente dos anos anteriores o governo resolveu segregar os espaços.

Com um investimento de mais de 3 milhões, o governo do Acre achou por bem camarotizar uma festa que deveria e foi anunciada como pública, em Rio Branco.

Vários sites de festa vem anunciando os camarotes regados de comida e bebida a partir de 280,00 reais.

O espaço público da rua, onde "brotaram" camarotes, autorizando empresários a explorar a comercialização de serviços exclusivos.

Nos bastidores, produtores se queixam da “reserva de mercado” do espaço para grupos empresariais ligados ao atual governo, o caso já foi denunciada ao Ministério Público, que ainda não dividiu com a população seu parecer.

O ato traz a tona algumas questões sociológicas, uma espécie de apartheid social.

Pobres no chão, ricos e autoridades nos camarotes? Onde fica a democracia racial?

A festa será mesmo democrática? 

Até que ponto a cessão de espaços públicos para o setor privado atende ao interesse público? 

Todo o processo não deveria correr de forma mais transparente? 
E por que, além de ceder espaços públicos, o governo ainda repassa verba em forma de patrocínio?

Essas são apenas algumas das perguntas que não querem calar.

A polêmica sobre o réveillon privado em espaço público não está restrita à camarotização, mas também ao estacionamento e ao prejuízo que o pequeno empreendedor terá, estamos falando do impacto no fluxo de pessoas e na mobilidade urbana em todo o entorno da Arena da floresta.

Não é de hoje o desgaste do atual governo com o pequeno empreendedor, privilegiando uma gama de empresários, e dificultando assim o movimento nos eventos. 

Prova disso temos o fiasco de vendas no carnaval do ano passado, sem falar que todos os anos temos fortes chances de chuva no local.

Nos últimos anos fazedores de cultura têm se manifestado em relação a isso, pressionando cada vez mais os poderes públicos a prestar contas sobre a condução das negociações com os o direcionamento do dinheiro público X as empresas locais.

Os cantores Tatau e Murilo Huff serão as atrações principais.

Elitização

Os camarotes privados em espaços públicos estão a serviço da separação de classes sociais.

É inadmissível que se privatize um espaço público, uma vez que o governador e seus secretários não querem se misturar com o público.

Nem todos têm 300 para se proteger da chuva ou ter mais segurança com seus pertences.

Lembrando que as pessoas mais importantes dessa festa foram as que pagaram pela vinda do cantor, com seus impostos.

A utilização das áreas públicas é de direito de toda a população, com isso seria de bom tom uma prestação de contas com a sociedade, em relação a quantos camarotes estão sendo comercializados, quais os valores atribuídos a essas sublocações, quais são as compensações que essas empresas que estão sublocando o espaço estão dando na área de segurança e mesmo ao patrimônio em caso de dano.

Quem vai assumir esses danos? Ao nosso ver tudo isso precisaria ficar mais claro e transparente para toda a sociedade, o governo deveria publicar uma cópia do contrato, do termo de permissão do espaço e suas resoluções normativas tal como o faturamento e investimento que o grupo privado obterá com a exploração comercial.

Tendo em vista que o interesse privado está se sobrepondo ao interesse público.

Sublocando esses espaços para serem explorados comercialmente por terceiros, há uma forte evidente prevalência do interesse privado sobre o interesse público.

Queremos ver o alvará de funcionamento, liberação dos bombeiros, teve inspeção? Quem será o responsável caso alguém venha se machucar nas instalações?

Quem terá a vista privilegiada? Tendo em vista que os impostos são os mesmos, são perguntas que ficam sem respostas.

Deixando apenas a certeza e lógica segregacionista do porquê de tanta criminalidade e tantos condomínios fechados na cidade.

Tudo acontecendo com total conivência da Prefeitura e do Governo do Estado.

Onde se convive apenas iguais com iguais, seja nos condomínios fechados, seja nas festas populares.

Dentro do sistema capitalista a iniciativa privada sempre vai tentar se expandir para obter lucro e caberia ao Estado o equilíbrio do jogo, atendendo aos interesses de todas as classes, uma regra que parece passar longe do jogo jogado no réveillon de Rio Branco.

Raquel Albuquerque é influenciadora e ativistas social



*O blog abre espaço para todos os seus leitores em relação a publicação de suas opiniões e não intervém, apenas garante a liberdade de expressão democrática.