O ano de 2024 tem sido uma extensão de 2023, onde no início vivemos uma grande cheia do Rio Acre e no segundo semestre uma seca extrema com altas temperaturas. Rios em cidades do interior secaram, onde seus leitos tornaram-se estradas.
Durante os meses de agosto e
setembro vivenciamos uma grande poluição do ar, consequência das queimadas e
falta de fiscalização mais eficiente. Esse fato foi presenciado em 2005, mas
não a mesma intensidade.
Na produção um prejuízo ainda
maior, pois o pouco que restou e não foi perdido para a alagação de áreas atingidas
pelo Rio Acre, frutas e outros alimentos ferviam e apodreciam ainda no pé das
plantações.
No último dia quatro de outubro, a
capital acreana recebeu uma chuva após quase quarenta dias sem cair uma gota d’água.
Mesmo com a chuva forte e intensa, ainda era possível notar a presença forte da
fumaça das queimadas. A visibilidade que era de trinta metros chegou a quase
dez.
Devido a grande quantidade de
particular e poluição do ar, gerou-se outro fenômeno conhecido como “chuva
preta”. A água que era aparada em baldes, caixas d’água e piscina ficaram
pretas.
Moradores da região do Quixadá,
distante há quinze quilômetros do centro da cidade, registraram diversos peixes
mortos nas margens do rio. Mas somente na quarta-feira da semana seguinte,
secretarias e órgãos ambientais se uniram para fazer o levantamento da
possibilidade de envenenamento.
Se comprovado o envenenamento da
aguas, pessoas e animais foram contaminas e o alerta chegou de forma tardia. Colocando
ribeirinhos e população em geral em risco, pois o Rio Acre é a principal fonte
de abastecimento de várias cidades acreanas.
Coletivas foram anunciadas para
dizer que vão ser apurados os fatos e que os resultados devem ser apresentados
em dez dias. Nossas autoridades precisam melhor sua atuação, só saem da própria
dormência quando também estão no foco do risco coletivo.