Confiança em si e menos ouvido aos outros


Pouco tempo que me formei na faculdade, consegui me tornar o Julius, trabalhava em dois empregos e logo ficava o dia todo na rua trabalhando.

Tive sorte de trabalhar logo nos dois maiores veículos de comunicação do estado. Entrava às 7h da manhã e saia às 15h, pois 17h entrava no segundo e só voltava para casa depois das 22h.

Nessa época o meu pai era meu parceiro, pois ainda não tinha minha habilitação. Ele me deixava, chegava no horário de troca de uma empresa para outra, mesmo ficando no mesmo caminho. Isso porque ele não queria que eu me atrasasse com o ônibus e me sobrasse dinheiro para gastar com minhas coisas.

Trabalhei quatro anos na empresa que me exigiu exclusividade e depois me deixou no anonimato, tanto que tenho poucos registros como repórter nela, diferente da do impresso que guardo todos os recortes.

Meu gerente me fez acreditar que eu não me adaptava como repórter de vídeo por não ser do padrão da rede e me estacionou na redação como produtor. A pior lembrança que carrego desse lugar, foi por ter perguntado ao diretor se havia afastamento sem remuneração, pois queria cuidar do meu pai no início da sua doença.

A necessidade de ser nojento com os colabores era tanta, que o diretor se sentiu ofendido por eu ter falado com ele e de fato me afastou de vez, me demitiu. E por anos acreditei que não me enquadrava.

Fui convidado a integrar a TV Norte Acre como gerente de conteúdo. A alegria em mim era tanta que todos que chegavam em mim me cumprimentavam e sentiam a felicidade que habitava em mim. Com pouco tempo chegou nosso diretor e com ele a grande transformação profissional, me fez acreditar em mim mesmo, acreditou mais em mim do que eu mesmo.

Para quem não se enquadrava na tv, hoje sou repórter, produtor e apresentador de um programa voltado para o agro, o Norte Agro, além de ter apresentado os jornais Povo na Tv e Tá na Hora.

Não é porque a gente começa em meio a gente que se sente ameaçado pelo nosso trabalho que devemos da ouvido a qualquer um que não construiu nada. Tive a oportunidade de ser o primeiro, posso usar aquela expressão de “que quando cheguei isso tudo era mato”.  Vamos tocando o Portal Norte, o Norte Agro e produzindo pautas para o Super Manhã, Povo na Tv, Tá na Hora e fazendo externa.

Victor Augusto

Prazer, Victor Augusto, 37 anos, acreano, jornalista e académico de direito. Por isso, criei este espaço onde compartilho minhas experiências e aprendizados. Afinal, acredito que conhecimento deve ser diário para nossa evolução. Por aqui, abordo assuntos sobre estilo de vida, com ênfase em levar uma vida baseada na informação, já que é minha área de formação e atuação.

Postar um comentário

Please Select Embedded Mode To Show The Comment System.*

Postagem Anterior Próxima Postagem