Alguns deles relatam que parte da área está em processo de
inventario judicial, onde parte dos herdeiros já vendeu para outros empresários
darem continuidade no loteamento dos terrenos. O aterramento e abertura de
açudes tem modificado o cotidianos de quem mora na região, onde poços
artesianos que chegavam até mesmo a alagar, hoje encontra-se secos ou abaixo do
normal.
“Aqui é uma região rica em água, pois estamos no lençol
freático que é responsável em manter o Rio Acre. Essas intervenções feitas tem
modificado drasticamente o nosso abastecimento e do próprio rio, exemplo disso
são as secas intensas que a cidade vive a ponto de quase apartar o rio, o que
não vai demorar nos próximos cinco anos”, disse o morador.
Para verificar se isso está ocorrendo com todos ou se são
casos isolados, buscamos saber da associação dos moradores se a preocupação
procedia. Um dos integrantes da diretoria afirmou que casos são relatados, não
são conta o progresso, mas existe a preocupação de que passem dificuldades.
“Imagine você, eu trabalhei por anos na cidade e há muito
tempo moro aqui, onde não falta água, tenho sossego e do nata tudo isso é
rompido. Não somos contra o progresso e o trabalho dos empresários, mas
precisamos de uma atenção das autoridades, que infelizmente tem deixado a
desejar. Existem maneiras ecológicas para trabalhar isso, respeitando o hoje
para garantir o amanhã”, destacou o associado.
Procuramos ouvir a prefeitura de Rio Branco, através da
secretaria de infraestrutura, onde conversamos com o secretário Antônio Cid
Rodrigues Ferreira, que explicou ter ocorrido um levantamento e sem
impedimento.
“Essa área na qual se referem faz parte da propriedade de um
empresário, onde foi feito os devidos levantamentos e nada foi constatado como
irregular”, frisou o secretário municipal.
Por se tratar de uma área de proteção ambiental, também
buscamos ouvir o secretário estadual de meio ambiente, Israel Milani para se
pronunciar a respeito do assunto. Mas fomos informados que o mesmo se
encontrava em reunião.
Israel é uma peça fundamental para esse processo, pois se ele
liberar para que os empreendimento imobiliário se estabeleçam, o impacto se rá
grande devido à ausência do poder público em orientar, exemplo dado pelos
moradores, é o caso dos areais que acabam danificando o asfalto e ramais, sem
prestarem os devidos reparos, dificultando o acesso de quem mora no local.
Tentamos ouvir a presidente da associação, que por telefone
nos informou que só poderia se pronunciar a respeito do assunto após uma
reunião que está marcada para esta sexta-feira (18), pois estava mobilizando os
idosos para tomar a vacina no sábado.
Moradores também fizeram contato com representantes da OAB/AC
e do Coletivo Desenvolvimento Urbano, que dependendo do desenrolar da reunião
de sexta-feira, convocará alguns Conselhos para endossarem o pedido que poderá
ser feito junto ao Ministério Público.
O espaço também está à disposição do secretário estadual para
fazer suas pontuações a respeito do assunto.
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