Quando passamos a pensar
racionalmente, tudo fica muito simples. Se uma relação nos faz mal deveríamos
deixá-la e seguir em frente, em busca de alguém com quem pudéssemos celebrar
uma parceria saudável, construtiva e mais feliz. Mas nem sempre é assim.
É muito comum, e eu
tenho certeza de que você conhece algum casal assim. Eu mesmo tive e tenho
amizades assim. Encontrarmos pessoas que parecem estar unidas não pelo que
tem de saudável, e sim por uma espécie de vínculo doentio, que não parece
fazer sentido para quem olha de fora. São pessoas que vivem no limite, a
ponto de explodir.
Nos perguntamos,
sem compreender, uma vez que aquele relacionamento parece gerar muito mais
desgaste do que alegria e prazer.
São muitos os
possíveis motivos para explicar o motivo dessas uniões desastrosas. A verdade
é que, quase sempre, essas parcerias acabam causando sérios danos aos que
nela se encontram envolvidos.
Também é comum que
essas pessoas tenham encontrado nessa forma intensa de viver, sempre a um
ponto da explosão, uma fonte de vida. Da mesma forma como, ao praticar um
esporte radical, somos levados a experimentar uma descarga de adrenalina que
nos tira da consciência cotidiana e nos faz sentir, por algum tempo,
extremamente cheios de vida, algumas pessoas passam a sentir-se assim em
relacionamentos amorosos como os que relatei. Como se a intensidade de tudo,
a sensação de beirar uma explosão, trouxesse ao casal a sensação de estarem
vivos como nunca.
Assim como buscamos
emoção no uso de drogas, na prática de esportes radicais que muitas vezes
chegam a destruir nossa vida, podemos utilizar os relacionamentos para isso.
É preciso que
avaliemos o custo de tudo. Não há nada de errado em buscar tornar nossa vida
mais emocionante, mas é preciso que tenhamos a medida do saudável
Podemos aprender a
povoar nossa vida cotidiana com pequenas emoções, podemos buscar essa
adrenalina que nos deixa com as bochechas vermelhas de tantas formas... Por
que escolher algo que nos destrua, que avilte o que temos de mais raro: a
vida? Por que nos matarmos, mesmo que emocionalmente, em busca de vida?
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Não faz sentido!
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outubro 02, 2012
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