A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) intensificou esforços no Congresso contra boicotes franceses ao agro brasileiro, ressaltando a necessidade de reciprocidade nas relações comerciais.
A senadora Tereza Cristina (PP-MS) pediu audiência com o embaixador da França para discutir as restrições ao agronegócio, criticando o protecionismo comercial disfarçado de preocupações ambientais.
O Carrefour anunciou boicote a carnes do Mercosul, alegando incompatibilidade com normas francesas. Entidades brasileiras rebatem, destacando sustentabilidade e cumprimento de padrões ambientais.
Tereza Cristina defende reciprocidade ambiental. Um projeto da FPA propõe critérios equivalentes para produtos europeus, visando equilibrar a balança comercial com a União Europeia.
Na Câmara, o deputado Alceu Moreira (MDB-RS) sugeriu uma comissão externa para investigar ações do Carrefour, citando precedentes da empresa relacionados a violações no Brasil.
A Comissão de Agricultura e Pecuária trabalha para convocar o ministro Mauro Vieira, buscando esclarecimentos sobre o acordo Mercosul-União Europeia e as retaliações francesas.
Entidades do agro, como Abiec e CNA, emitiram notas contra o boicote, destacando que limita o acesso europeu a produtos sustentáveis, encarecendo custos e elevando emissões.
O Brasil preserva 282 milhões de hectares de vegetação nativa e reduziu pastagens em 16% nos últimos 30 anos, confirmando liderança em práticas sustentáveis globais.
A nova lei ambiental europeia preocupa produtores brasileiros, que temem interrupções comerciais, apesar de exportações agropecuárias terem movimentado US$ 21,6 bilhões em 2023.