O outro lado do balcão


Na última semana o mundo dos negócios no Estado do Acre foi bem movimentado com o lançamento do programa Exporta Mais Amazônia, que teve o estado acreano como o primeiro a receber investidores e compradores de empresas internacionais.

Durante a realização do evento, a equipe do programa Fala Amazônia acompanhou desde a abertura ao encerramento com as visitas técnicas realizadas nos empreendimentos referência na capital e municípios como Xapuri, Brasiléia, Epitaciolândia e Acrelândia.

Um fato que muitos políticos desconhecem é a boa relação que esses empresários locais e que construíram suas propriedades sem apoio do estado, é a boa relação que muitos deles possuem com ministros e nomes de dentro do Palácio da Alvorada. Um relação muito melhor do que os mandatários que manchetam suas destinações de emendas nos veículos de comunicação local.

Informações de bastidores dão conta de que o ministro antes de chegar em solo acreano, ligou para alguns desses proprietários para obter informações a respeito do mercado consumidor e comercial com outros estados ou países.

Para o ministro soou com grande surpresa que o Acre ainda precise comprar de Rondônia alguns alimentos e cadeias produtivas já existentes por estas bandas. A piscicultura é um desses casos que em plena Semana Santa o pescado encontrado veio de Rondônia ou do Amazonas devido à falta de políticas públicas que fortaleçam o pescador acreano.

Em conversa com membros da colônia de pescadores, eles relatam a falta de apoio ou ações para fortalecer as cadeias produtivas, como a cobrança de que para um transporte, são cobrados para manter um frigorifico que conserva-se o pescado. Mas nem município, estado ou bancada federal abre dialogo com eles, apenas sabem que recursos são enviados, mas que já mais chegaram até a ponta que é o pescador.

O Estado do Acre pode se destacar por conta de dados inseridos em sistemas feitos entre município ou estado com o Governo Federal. Mas na pratica não passam de falácias.

O novo momento que a Apex Brasil proporcionou juntamente com as instituições e os empresários locais, possibilitou uma abertura de luz sob a problemática que todos enfrentamos para furar a bolha de tornar o Acre em uma verdadeira potencialidade forte e de economia independente do contracheque governamental.

Trinta e cinco empresas locais negociaram com dezesseis compradores internacionais e teve empresa acreana que chegou a vender toda sua produção já no estoque e o que ainda produzirá. Essa mudança se tivesse sido vista há alguns anos, hoje a realidade do acreano seria outra ao invés de precisar buscar refúgio no Ceará ou no Paraná.

Uma ideia foi unanime entre todos que conversei, que os parlamentares e o poder público do Estado do Acre (câmaras municipais e prefeituras estão incluídas) devem sentar com quem produz antes de propor propostas que se perderão no vento das promessas feitas e não executadas.

 

Victor Augusto N. de Farias é jornalista, acadêmico de direito, sindicalistas, conselheiro de turismo e rotariano.

Victor Augusto

Prazer, Victor Augusto, 37 anos, acreano, jornalista e académico de direito. Por isso, criei este espaço onde compartilho minhas experiências e aprendizados. Afinal, acredito que conhecimento deve ser diário para nossa evolução. Por aqui, abordo assuntos sobre estilo de vida, com ênfase em levar uma vida baseada na informação, já que é minha área de formação e atuação.

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